Lembro-me ainda - o céu formoso
e azul muito brilhante à luz do sol,
tinha as ondas divinas
da terra no período primaveril.
Como uma noiva adornada
com florzinhas mil.
Suas formas peregrinas,
ao amanhecer, a música da campina.
Vozes misteriosas que em surdina,
cantavam harmoniosas!
Era a festa universal da poesia,
que fazia minha alma feliz,
e então sorria,
prá todos que se amavam.
Todos cantavam -
o próprio mar formoso,
brilhante, espelhante,
tranqüilo e bonançoso.
Somente a grandeza traduz:
Mesmo Deus - nos céus dos mundos
santos, Dos pobres e miseráveis,
limpava os prantos,
mostrando-lhes sua luz...
A brisa fresca cantava salmos
docemente e aves com seu filhotes
revoavam alegremente,
na festa dos amores.
Era a felicidade - em plena mocidade...
A vida era puramente de liberdade
e o sonhos sempre flores.
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