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Roteiro_de_Filme_ou_Novela-->A CONVERSÃO -- 03/06/2004 - 09:32 (ADELMARIO SAMPAIO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A CONVERSÃO

[O enganador foi enganado]

Não tomava banho a mais de semana. Deixara também crescer a barba cerrada por mais de dez dias, e isso lhe dava um aspecto proposital de mendigo, acentuado pela roupa imunda, que também de propósito, usava sem tirar um segundo sequer em todos esses dias de preparação. E nesses mesmos dias, andava a pé pelas ruas do centro de São Paulo, juntando ao fedor do suor azedo, os efeitos da poluição.
Quando andava pelas ruas, se divertia com as reações de repulsas das pessoas. E isso amenizava um pouco, a agonia do sacrifício que fazia. O plano era perfeito em sua cabeça, e pela sua avaliação, nem precisava acrescentar a cachaça. Mas como estava resolvido que a usaria, não queria mudar de idéia agora, mesmo porque se divertiria mais tarde com mais esse detalhe.
Dormiu até mais tarde naquele dia. Sentiu o estômago doer de vazio, mas também estava nos planos que nesse dia não comeria antes de executar sua missão. Tomou água apenas. Mais do que de costume.
Também não lavou o rosto, e quando se viu no espelho, foi que pensou que devia ter providenciado uma máquina fotográfica. Estava simplesmente irreconhecível. O rosto brilhava, mesmo tendo tirado um pouco da gordura da sua pele oleosa no travesseiro que também já estava imundo.
Já estava pronto para sair depois que calçou os sapatos sujos nos pés já calçados pelas meias que usava há muito tempo.
Pegou a garrafa de cachaça que havia guardado intacta, abriu, e virou bebendo no gargalo. Engasgou, e começou a tossir sem parar. Não poderia beber mais. O estômago e a garganta queimavam, e precisou puxar o ar com força pela boca para amenizar o efeito de fogo que a bebida dava. E o gole que tomou, já subiu à cabeça no mesmo instante, e sabia que não poderia repetir a dose. Ficaria bêbado, porque não estava acostumado a beber assim. Mas resolveu o problema, derramando o líquido de quase meia garrafa na cabeça, e deixando que ele escorresse, e molhasse grande parte da roupa que vestia.
Já havia ensaiado muitas vezes sair sem ser visto pelos conhecidos naquele horário. Deu certo novamente, e em poucos instantes estava andando pelas ruas. A repugnância das pessoas era enorme e ele só não se divertia com isso porque a sua agonia era muito grande. Fedia muito, e era evitado por todos que tentavam não passar por perto.
Quando já descia da praça da Sé em direção ao Parque D. Pedro, assumiu já uma postura de mendigo bêbado, com medo de que fosse visto por uma mesma pessoa antes e depois. Isso poderia atrapalhar um pouco os seus planos.
Antes de entrar, ouviu que o povo gritava entusiasmado as aleluias e orações, comandados pelos pregadores que também gritavam ao microfone. Contemplou a fachada. Sem dúvida era um dos maiores templos do mundo. Não pesquisou quantas pessoas cabiam nele, porque esse detalhe não era importante agora. As suas pesquisas foram mais no sentido das reações das pessoas. E foi motivado pelo fato de tentar entrevistar sem sucesso, um dos pastores. Era um desafio que gostava de superar, e estava para conseguir, pensava. Depois, nada melhor que tomar um banho demorado, muito demorado, gastando toda a água que economizara em todos esses dias de abstinência de asseio. Jogaria as roupas direto no lixo, porque não havia quem pudesse tirar a sujeira e o mal cheiro que tinham.
Assumiu a postura definitiva e ensaiada de bêbado, e entrou cambaleando. Como já havia percebido em outras vezes, os homens se assentavam em fileiras de bancos separadas das mulheres. Fazia também parte do plano, e se assentou na feminina.
Um homem vestido pobremente, embora de paletó e gravata, ia se aproximando por certo para tentar tirá-lo do lugar errado, mas Paulo viu que desistiu no meio do caminho, repelido pelo fedor. Algumas mulheres que estavam perto se levantaram e saíram, e ele se viu sozinho no lugar. Gostou disso. Ficaria mais visível, estando isolado.
Sentiu vontade de urinar, mas não seria bom ir ao banheiro a essa hora. Deveria ter feito no momento da chegada. Não podia esperar mais. Tudo estava preparado para aquele momento. A vontade de urinar também. Não tinha planejado esse detalhe, mas ele seria incorporado ao plano, de última hora.
Começou a murmurar alto, para chamar mais a atenção. E mesmo incomodado com o tamanho desconforto da sujeira, divertia-se com a situação.
A vontade de urinar aumentava, e ele aumentou também a sua lamentação, e misturou a ela uma cantarola enrolada, que se fazia ouvir misturada ao barulho do vozeirão do pregador que gritava ao microfone.
Precisava prestar atenção ao que estava acontecendo no culto. Não podia agir quando o povo estivesse num daqueles frenesis constantes. Deveria ser agora que só o pregador falava. Com a boca bem encostada ao microfone, ele falava com a voz característica de todos os pregadores da denominação. Era como um estilo padrão adotado, e mais tarde Paulo soube que todos falavam como o missionário que era líder da igreja.
_ Aleluia! Glória Deus, irmãos! Eu sinto o fogo do Espírito derramando nesse lugar! E Espírito Santo esta falando aqui no meu ouvido agora, que hoje ele vai operar maravilhas aqui, irmãos!...
Gritos de aleluias e glórias a Deus ecoaram por todo o enorme templo.
_ Hoje, o Senhor vai curar os doentes, vais solucionar os problemas financeiros e conjugais... ô glória a Deeeeeuuuusss!... O Senhor está me dizendo agora que vai dar a bênção a todos os que não duvidam do seu poder, irmãos!... Quem acredita que o Senhor está aqui, levante a mão para que eu veja quantos acreditam no poder de Deus.
As mãos apareceram aos milhares.
_ Quem acredita que o Senhor tem poder para fazer milagre hoje, diga aleluia!
Milhares de vozes se levantaram, numa confusão de sons ensurdecedores, que duraram um tempo, até ser novamente dominados pelo pregador.
A vontade de urinar era enorme. Queria esperar mais um pouco, mas a dor na bexiga era angustiante. Não teria muito tempo mais. Precisava agir.
Voltou a atenção para o que estava acontecendo. O pregador tinha retomado o controle da situação:
_ Quero ver quem é que tem de fato, fé para levar a bênção que veio buscar! Quem tem fé que hoje Jesus vai mudar sua vida, levante a mão!...
Muitas mãos...
Paulo não agüentava mais, mas queria presenciar mais esse lance. Não queria estragar o que estava por acontecer, se bem que ele já soubesse do resultado.
_ Agora, Jesus quer que os irmãos provem que tem fé!... Todo mundo diz que tem fé. Até mesmo os incrédulos que andam fazendo arruaça nos bares, nas boates, e até as prostitutas nos cabarés, dizem que tam fé... Pergunte para um bêbado, ou um drogado se ele tem fé, e ele diz que tem... Mas Jesus não quer que vocês digam que tem!... Ele quer ver a prova!... Ele quer saber agora, se você está mentindo, ou não!... Porque o Espírito Santo está soprando aqui no meu ouvido, que aquele que provar ter fé, vai levar a bênção que está esperando há muito tempo!... Se você orou a Deus anos e anos por um problema, pode ter certeza, que hoje chegou o seu dia!... Mas se você duvida, está chamando Deus de mentiroso!... Quem duvida do que Deus fala, está pecando o pecado que não tem perdão: Blasfêmia contra o Espírito Santo!... Mas se você é viciado em bebidas, drogas, cigarros, ou qualquer coisa do diabo, chegou a hora de colocar toda a sua confiança em Deus. Ele mesmo disse da Palavra: "Faça prova de mim!...” Se você crê, está na hora de provar que crê, e receber agora a bênção de Deus!... Mas se você duvida, é o diabo que está soprando em seu coração!... Quem é que você escolhe? Um ou outro; Deus, ou o diabo!...
Paulo não suportou a dor, e não conseguiu evitar que um fio de urina corresse pelas pernas, fazendo com que o rio quente quase chegasse ao chão. Mas precisava segurar um pouco mais, porque o pregador sem dúvida fazia jus à fama que tinha, de dominar os ouvintes.
A multidão se entusiasmava, e gritava a todo tempo glórias e aleluias, no embalo da empolgação do pregador. E ele não parava:
_ O Senhor está me dizendo para fazer a prova agora. Eu vou orar agora para que o inimigo seja derrotado em sua vida nesse momento!... Senhor meu Deus!... Eu creio Senhor, que a sua presença vai mudar nesse momento a vida de muitas pessoas, Senhor!... Mas sei que o diabo está soprando no ouvido de algumas pessoas ainda, que estão duvidando do teu poder, meu Deus!... Quebra todas as cadeias dos corações nesse momento, para que creiam, e levam a tua bênção!... Amém, Senhor!... Glória a Deus, Senhor!... Faz mesmo, Senhor!... Obrigado, Senhor!... Ô aleluia!... Irmãos, o Senhor está muito presente nesse lugar, glória a Deus!... Quem crê que ele está aqui, levanta a mão!...
Milhares de mãos levantadas.
Paulo não conseguiu prender, e mais um pouco de urina escorreu pelas suas pernas, molhando até os sapatos dessa vez.
_ O senhor esta me dizendo, que tem pessoas aqui que tem cem reais no bolso. A pessoa que tem cem reais, e acredita no poder de Deus, venha até a frente, e vai receber a bênção agora, se tiver fé. Venham até à frente essas pessoas!...
Muitas vieram. Paulo queria fazer um balanço do que estava sendo arrecadado, mas a dor na bexiga o impedia de se concentrar na contagem.
O Senhor conhece o seu coração, como sabe o que é que tem em seu bolso. Se você está mentindo para Deus, ele sabe. Mais alguém quer vir até à frente, e Deus vai perdoar agora a sua mentira!...
Mais umas poucas vieram.
_ Agora o Senhor quer saber quem é que tem cinqüenta reais... Quem tiver esse dinheiro e não duvida de Deus, venha buscar a bênção!...
Muito mais pessoas vinham à frente, enquanto os oficiais passavam as sacolas, recolhendo as ofertas dos primeiros que davam cem reais.
_ Mais alguém quer fazer a prova com Deus?... Ou você acha que cinqüenta, cem reais, é muito, pelo milagre que você está esperando com tanta ansiedade?... Se acha isso, o Senhor está dizendo aqui no meu ouvido, que nem adianta continuar orando, que ele nunca mais vai atender uma oração sua!... Quem mais quer provar a Deus com cinqüenta?...
Mais algumas pessoas vieram, e depois o pregador baixou mais a oferta. Passou para trinta, vinte, dez, cinco, um real. Finalmente, chamou os que criam em Deus, mas não tinham nenhum centavo no bolso. Uma multidão estava diante do púlpito. Tiveram que afastar os bancos das primeiras fileiras para que coubessem todos.
_ Eu sei que o Senhor já começou a operar nesse momento!... Alguém já sentiu o poder de Deus, levante a mão para que eu veja!...
Muitas mãos se levantaram, e no mesmo instante vozes gritavam aleluias e glórias a Deus, num alarido ensurdecedor. O pregador incentivava, com a sus voz poderosa e rouca, gritada ao microfone abafado pelas mãos. De longe Paulo pode ver acima da confusão de cabeças, algumas muletas, e até uma cadeira de rodas sendo levantadas. Teve medo de continuar com o seu plano. Como é que poderia explicar as curas que se faziam diante dos seus olhos? Como é que pessoas simples como as que via, poderiam estar mentindo?... Muitas vezes ouviu dizer de pessoas que simulavam curas para enganar e conseguir mais adeptos, mas o seu tino investigador não tinha percebido isso ali. Se houvesse erros, não eram desse lado. Pelo menos ele não podia perceber.
Não suportava mais. A dor era muito grande, ainda que tivesse urinado um pouco. Tinha que ir ao banheiro, mas não suportaria andar até lá. Olhou ao redor, e viu que estava sozinho no lugar. Levantou-se e olhou para a placa que indicava o banheiro masculino. Estava muito longe. Começou a caminhar com dificuldade. Percebeu que não suportaria...
O barulho era muito grande. Sentiu uma tontura, e lembrou que antes tinha assumido o papel de bêbado, e tinha se esquecido afinal, por causa da dor. A tontura aumentou. Lembrou-se que não havia comido ainda, quando sentiu o estômago revolver dentro de si.
Seu plano tinha ido por água abaixo. Se tivesse bem, na certa faria uma piada, e diria que tinha ido urina abaixo. Devia ser um castigo de Deus, por tentar fazer o que pensava fazer...
Não tinha vergonha nesse momento. E foi com dificuldade, cambaleando, que tentou andar pelo fundo do templo. O pregador percebeu, e falou pelo microfone:
_ O Senhor está me mostrando que vai libertar essa pobre criatura, que está presa pelas garras do inimigo!...
Todos olhavam para ele. Não teve mais nada a fazer a não ser indiferente, e fingir que não percebia que era dele que falava:
_ Deus me mostrou esse homem em sonho. Deus mostrou que ele entrava na igreja, tentando destruir o culto e dizendo que era mentira o que está acontecendo aqui. E o senhor ainda está me mostrando que ele não é dos nossos, mas queria entrar aqui, para colocar dúvida nos corações das pessoas. Mas eu sinto que hoje é o dia que Deus vai mostrar o seu poder nessa vida também, glória!... Aleluia, meu Deus!... Vejam irmãos, a que estado o inimigo reduz uma pessoa... Esse infeliz quase nem pode andar, por causa do que o inimigo faz na sua vida... Satanás estou falando com você, com a autoridade que o Espírito Santo me dá!...
Paulo continuava indiferente, caminhando com dificuldade para o banheiro. Mas como percebeu a oportunidade, resolveu urinar ali mesmo, e todos viram o rastro de urina a escorrer por suas pernas, e empoçar seu caminho pelo chão.
_ Satanás estou falando com você!... Pare agora, e venha aqui, em nome de Jesus!...
Paulo continuava a andar cambaleando, embora tivesse melhorado a tontura que sentira. Fingia não perceber que os gritos eram com ele. Mas percebeu que o momento chegou. Esqueceu as dúvidas, e agora tinha certeza de que completaria seu plano. E foi invadido por uma enorme coragem, e recomeçou a cantarola que havia abandonado a instantes atrás. Tinha certeza de que não estava enfrentando Deus. Se fosse, ele perceberia a sua farsa. Virou-se para o pregador, e gritou a plenos pulmões, para que todos ouvissem:
_ Cala a boca aí, seu filho duma puta!...
Sentiu que fazia muito bem o seu papel, pois sentiu que uma raiva o invadia, enquanto afrontava o pregador. A voz era pastosa como de um bêbado, mas saia clara para que todos entendessem:
_ Desse daí, enganador dos diabos!... Você é um grande mentiroso, seu sacana!... Seu pregador de merda!... Pregador de merda!... Pura bosta, é que sai da sua boca!...
Deu uma gargalhada apontando para o pregador:
_ Boca de bosta!... Olha lá o boca de bosta!... Abre a boca, pra sair mais bosta!... Você não tem cu não, seu pregador de bosta?!... Você caga pela boca!...
Riu novamente imitando o riso dos endemoninhados que muitas vezes tinha assistido ali mesmo. E um instante depois, já estava rodeado pelos oficiais da igreja, que por força do ofício, tiveram que ignorar a sujeira e o fedor.
Foi agarrado e subjugado por uns dez homens, mas continuava gritando as mesmas palavras de ofensas ao pregador. Acrescentava a cada instante outras palavras de igual teor, ao seu vocabulário já imundo como sua roupa.
Enquanto estava sendo arrastado para perto do púlpito, o pregador dizia:
_ Estão vendo irmãos? Deus me mostrou ele querendo me destruir, mas agora é que vamos ver quem é que tem mais poder!... Vamos ver quem é que manda aqui, se é Deus ou o diabo!... Quem acha que é Deus que manda na igreja, diga aleluia, irmãos!
Houve uma gritaria, aclamação já esperada de pessoas entusiasmadas que antevia mais um espetáculo. E a euforia aumentava, porque Paulo fazia muito bem o seu papel, e rosnava como um animal, e debatia-se, fingindo não querer ser levado para perto do pregador.
_ Quem é você, demônio?...
Paulo rosnava, mas não respondia.
_ Que é que está fazendo nesse homem, inimigo de Deus, e da igreja?!...
Paulo pensou em representar ainda mais, mas estava sendo machucado pelos homens que o agarravam com muita força, e torciam seu braço as costas. Limitou-se então a gemer e rosnar como um animal raivoso.
_ Não quer falar, satanás!?... Mas vai ver quem é que manda aqui!... Em nome de Jesus, eu te ordeno!... Ajoelha diante do servo de Deus, demônio!...
Paulo continuava de pé, rosnando. Mas seu braço foi torcido ainda com mais força, e foi empurrado para baixo, e caiu ajoelhado.
A igreja delirava com o que via.
_ Está aí irmãos, o poder de Deus. A Bíblia não diz que até o inimigo ia se dobrar diante dos servos de Deus?... Vejam aí, mais uma profecia se cumprindo!... Fala aí demônio, o que é que você veio fazer?... Fala que eu estou mandando em nome de Jesus!...
Paulo continuava calado. Doíam-lhe o braço, e os joelhos que se machucaram quando foi empurrado com violência para o chão. Estava resolvido que não falaria. Sabia que não tinha nenhum demônio, e não queria falar como se fosse um deles. Parou até de rosnar. As dores eram enormes, e estava com pressa de acabar com isso logo. E faltava pouco.
Levantou a cabeça, e olhou as pessoas à sua volta. E no último ato da sua peça, perguntou fingindo-se assustado:
_ Que é que está acontecendo? Onde é que estou?... Que roupa imunda é essa?...
_ Está liberto, _ disse o pregador, e foi acompanhado por todos que ao mesmo tempo davam glórias a Deus.
No outro dia foi apresentado já limpo e barbeado à igreja. A alegria de todos foi maior ainda, quando ele aceitou Jesus como seu salvador.
*
Muito tempo depois, Paulo se lembrava dessa conversão como a sua preferida entre todas as que abriram as portas de outras igrejas para que investigasse o espírito delas.
Léo ouvia calado, e se admirava da coragem e astúcia do amigo.

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Adelmario Sampaio
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