Pela insistente mania
E missão de vesgo encargo
Se não és tu o Camargo
Tens a mesma arritmia
Pelo que a embolia
Do teu caso cerebral
É paradigma total
Da vaca que se põe louca
E na praça tira a roupa
Pra se mostrar tal e qual
Se pensas fazer-me mal
Com as tuas pobres dicas
Sequer até prejudicas
Meu reservado dedal
Pra uso providencial
Por exemplo no teu caso
Um cérebro oco e raso
Sem bordas pra sustentar
O apêndice basilar
Introduzido em teu vaso
És sem dúvida um atraso
De estranha concepção
Que talvez por distracção
A natureza deu azo
Em poluído extravaso
Cuja fulcral evidência
Prova que a inteligência
De alguns símios humanos
Serve de capa aos arcanos
De esconsa sobrevivência
Posta pois tua carência
Perante a Usina a nu
Que m importa quem és tu
Ou faças por ingerência
Tentando mais decadência
Sendo dela mero agente
Onde és um deprimente
Em três "sss" embuçado
E exemplo constatado
De mais um pobre demente