Doe-me n’alma a hiperálgica ferida
E a culpabilidade lastimosa,
Na excitação neurítica ominosa,
Tortura-me a consciência enfraquecida.
Tentar curar e, ao fim, perder a vida!
Eu sinto a iatrogênica culposa
Autoflagelação desmerecida
Do espinho que flagela a própria rosa.;
Causar mal evitável entristece
E o espírito desmonta-se, fenece,
Na soma das ações mal-terminadas,
Mas nas cartas dos seres teológicos,
Descritas em registros cronológicos,
Verdades e vontades são gravadas.
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