Tempo quente, hora lenta e calada,
horas cheias de beijos sensuais, ardentes,
noites de volúpias, tuas carnes quentes,
sem riso, arfante, quase desmaiada.
Ouça os passos, será algum andarilho noturno?
Quieta meu amor, me enlace, me aquece,
zangue, finja brigar, me beije, depois esquece,
buscando fustigar-me com olhar soturno.
Os meus lábios ficam brancos como a neve,
e os braços ficam suaves como num afago,
abraçando seu corpo quente, suado e leve.
Você é a chama altiva, é a neve misteriosa...
e eu sou talvez, nesta noite apenas um lago,
que brilha nesta noite de lua, linda e formosa.
|