Alma silenciosa
Minha alma não é minha. Mas tudo que nela experimento nessa vida, me pertence. Quando sofro uma queda, as consequências que dela surgem, são todas minhas e ninguém saberá ao certo, como a alma se sente, salvo eu, representante deste ser invisível e silencioso. As máculas ou mesmo as alegrias por ela sentidas, me fazem perceber que além de mim, existem outras alegrias, outras tristezas, e outras realidades que me permitem navegar mundo a fora a vislumbrar que existem histórias não minhas, mas sobretudo que existem outras formas de existência e de adaptação às barreira impostas pela vida. Resilientemente, sigo na permuta de dor por calor humano, de certeza por dúvida nas crenças em que fui enformado(não, informado) nessa eterna adaptação em que se resume a vida. Minha alma silencia o verbo. Não a ação. Minha alma silencia crenças. Não os valores. Minha alma permuta valores. Invertê-los, JAMAIS! |