Usina de Letras
Usina de Letras
63 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62205 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22534)

Discursos (3238)

Ensaios - (10354)

Erótico (13567)

Frases (50603)

Humor (20029)

Infantil (5428)

Infanto Juvenil (4763)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140793)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6185)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cronicas-->Desperdício -- 17/12/2002 - 08:34 (Renato Rossi) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Festas familiares, reuniões de confrarias e eventos particulares em geral são sempre uma cruz para o cronista amador. Não, não se trata de alguma timidez exagerada nem tampouco a repulsa pelos eventos. Nada disto. A questão é o desperdício. Nestes eventos, há sempre farto material de trabalho e a impossibilidade de usá-lo frustra o cronista. Que fazer? Não adianta trocar nomes. Se o personagem usa sapato destes de duas cores e não está em um campo de golfe, todos saberão de quem se trata, não há como disfarçar.

Isto é mais grave para o cronista amador, uma vez que em geral seus parcos leitores são os próprios participantes do evento. Para um cronista amador, meio leitor que seja já é leitor e meio. Não pode ser perdido. É mais ou menos como as rifas de escola que acabam compradas pelos pais e parentes mais próximos.

Assim, se a fatia de torta é transparente embora a torta seja imensa, há que silenciar. Se há uma turma que troca receitas dietéticas, comendo uma macarronada e com olho comprido para a sobremesa, há que respeitar. Por falar nisto andei comprovando a dica sobre o chocolate dietético da Copenhagen. É realmente ótimo. Assim, não há motivo para acanhamento, podem mandar. A dica da loja especializada no final da Asa Norte eu ainda não pude verificar, mas não está esquecida.

Pois então, outro dia fui numa destas festas de oitenta anos, cada vez mais comuns, graças aos avanços da medicina. Contudo, deve-se notar que se tratava de um senhor, tio de Inajá, e não de uma senhora, como geralmente acontece. Talvez isto se explique por ser ele solteiro. Fora ele casado e talvez a festa fosse da tia. Basta observar, praticamente inexistem viúvos e as viúvas estão aí a fazer a alegria das agências de turismo. Mas isto é de outra crónica.

Consta que o aniversariante resistiu um pouco à idéia da festa, não pela falta de recursos, mas por uma certa relutància em transferi-los. Consta ainda que havia um geriatra convidado, mas que infelizmente não póde ir. A festa transcorreu normal, sem maiores micos nem fofocas. A comida estava ótima e o aniversariante feliz. Mercê dos anos de labuta, tem muitos amigos, embora alguns já no andar de cima (eram casados) e, imagino, estivessem também lá para um abraço.

Comprovando a tese, há ocasiões em que o assunto fica limitado. De qualquer forma, reitero meus cumprimentos ao Cídio e já o desafio para uma nova festa no ano que vem. Dizem que após os oitenta anos, não fazer festa dá azar. A bem da verdade, isto já vale após os setenta.



Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui