Ela era uma dama,
não era um dama qualquer,
ela tinha elegância,
porém eu não sabia,
simplesmente a tratava,
como uma simples e linda mulher.
Eu sabia sim, mas nada dizia,
era como se eu não soubesse.
Quando junto dela à mesa,
com a alegria deserta,
se dois bebem,
a tristeza é sua companhia.
Ela era uma dama e eu sabia,
mas a queria como princeza,
porque no seu silêncio,
havia alguma coisa de nobreza.
O meu silêncio dizia,
quando dois bebem à mesa,
algo além da carne havia.
Ela era uma dama, eu consentia,
pois na aparência trazia,
sua fraca firmeza
de quem não quer, as vezes quer,
mas não com muita certeza.
Se eu soubesse o que dizia,
embora fosse uma dama,
embora presa na tristeza,
essa tristeza que me prendia.
Era mulher,
era também uma dama,
eu não sabia. |