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Humor-->Aranzoel de Barros de Paulo Nunes Batista -- 08/12/2002 - 16:55 (m.s.cardoso xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Aranzoel de Barros
Paulo Nunes Batista

Aranzoel de Barros foi (ainda é) um cabra macho do Estado da Paraíba do Norte. Era assim que ele dizia, se o interlocutavam: -
De onde sois tu? E ele, cheio de dedos: - Do estado da Parahyba do Norte, filho natural de João Pessoa. – Não deixava por menos.
Apois bem, esse Aranzoel é o mesmo que enganou João Grilo e passou a perna em Canção de Fogo, personagens ilustres do Cordelista Leandro Gomes de Barros. Isso se deu assim.
Os dois sabidos sem estudo – Grilo e Canção – vinham flanando pela estrada, reunindo suas artes e manhas, quando deram fé exsurgiu-lhes a figura inconfundível de Aranzoel, já querendo saber o qui é qui hái.
Canção tomou um susto, Grilo engoliu seco, mas logo se controlaram e parlamentaram: - Tudo bem, seu Zé. E da sua banda?
Aranzoel pegou na deixa, não gostou do seu Zé, e foi esclarecendo: - Seu Zé o que, cabra safado. Dobre a língua, que você está falando é com Aranzoel de Barros, o coco mais fino que o Estado da Parahyba do Norte jpa produziu. Seu Zé uma porra! Ora já se viu uma coisa dessa, seu Zé é a sua mãe, a excelentíssima senhora sua Avó, o cachorro do seu Pai e quem mais venha.
Aí Grilo entrou na conversa: - Se acalme seu moço, que aqui ninguém é de briga. E eu e meu colega somos de paz. Foi só o jeito de falar, ele não pretendeu ofendê-lo. – E estendeu a mão em sinal de cortesia a Aranzoel. Que, nestas alturas, já tinha guardado o parabelo e o punhal de sete palmos.
Houve ali uma confabulação do bute, e os três seguiram estrada afora, pros lados de Barreira, enquanto o Sol esbraseante dava uma piscadela na paisagem de fogo da tarde nordestina.

Notícia Rápida sobre Paulo Nunes Batista:
Paraibano radicado em Goiás (Anápolis), morou em cerca de vinte cidades do Brasil, inclusive nas maiores capitais (Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Recife, além de Goiânia e João Pessoa), exercendo atividades desde cobrador de ônibus, trabalhador braçal até jornalista e professor, sendo aposentado do Fisco de Goiás, onde ingressou por concurso público.
Militou no PCB de 1946 a 1952, época em que foi preso político em São Paulo, como redator que era do diário HOJE, arbitrariamente fechado por um IPM. Nunca foi torturado, mas assistiu à tortura de preso quando de sua outra prisão, em Recife. Como jornalista vem denunciando e protestando contra sevícias a presos, políticos ou comuns. Vem há muitos anos publicando artigos, crônicas, reportagens e poesias na imprensa de Goiás, do Brasil e de Portugal.
PNB é autor de seis livros e mais de 140 folhetos de cordel, editados a partir de 1949. Em 1961 tornou-se espírita e vem colaborando na imprensa doutrinária desde então. Tem vários outros livros prontos para publicar (O Cordel Iluminado, Cantos de Pedra e de Flor etc) e continua produzindo. É formado em Direito.

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