Dorme, menina nua
Que meio a sonhos flutua
Sob a prata, sob a lua
Carne farta, mente crua
Que essa beleza tua
Esta noite, já atua
No rapaz que lá na rua
De desejos, treme e sua
Dorme, menina ausente
Da realidade presente
Sonha que nada sente
De mal, de bom somente
É sentir intensamente
Do amor que queima ardente
O clamor, alto, premente
Dorme, menina amada
Sob a luz irradiada
De corações emanada
Que é pela graça dada
A Deus por encantada
Bela noite enluarada
Menina que se faz fada
No coração da moçada
Agosto de 2003
Daniel Carrano Albuquerque
E-mail: notdam@bol.com.br
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