Um dia eu ainda me pego
E me avuo pela janela,
Vai, traste ruim
Some da minha vida.
Um’ hora dessas, eu
Me agarro pelo gogó e
Profetizo:
Ou de mim te afastas
Ou te lascas
De cima para baixo.
Não vejo a hora
D’ eu me suspender pela língua
E aí me penduro
No cacho de coco mais alto
Da praia do Não-será.
Não demora nadinha
Eu vou ali no mato
E só deixo aquela ruma
De coisa-que-não-se-diz (Eu)
E saio leve-levinho
Cuma se nem fosse comigo.
Anápolis, 01/08/98.