Desprezar ou esquecer... não - odiar!
pois o ódio sendo o reverso do amor,
desejo há muito, ferir-te e me vingar,
mas as vezes a vingança é só um dulçor.
Com este mau pensamento a me embalar,
vou tocando meu violão com suave langor,
ao som da seresta e da brancura do luar,
evocando a mais linda valsa, maldito amor.
Andando solitário, vislumbro na madrugada,
sob a romântica luz da lua prateada,
lengendário poeta, sedutor, antigo menestrel.
E ao raiar deste ódio - só resta compaixão
aos desejos de vingança, somente paixão,
meu peito vibra e chora, ainda sou cruel. |