"Olá, senhor do cordel"... Mui grato senhora linda Por palavra tão bem vinda Que li com sabor a mel Do Brasil nem só fel Escorre e felizmente Há ainda boa gente Que estima um lusitano Que de vela a todo o pano Em português vive e sente
Sua dica fica assente Em minha agenda pensante Para oportuno instante Considerar porque é urgente Ajudar quem no presente Enfrenta contrariedades Por causa das vãs maldades Dos que se esquecem de ser Pessoas pra entender Da vida as dificuldades Na roda das amizades Uma gotinha d esperança Suada... Ó sempre alcança A taça das raridades Que há-de entre as verdades Ser enfim mais verdadeira Pr alimentar a fogueira Da franca faternidade Com calor de humanidade Aquecendo a terra inteira Às vezes não há maneira Que nos permita ajudar Os que sofrendo a passar Fome sem eira nem beira Levam uma vida inteira Em desgraça permanente Enquanto alguma gente Que de gente pouco tem Fingindo ajudar alguém Quanto mais fala mais mente
Bem haja pela semente Benfazeja da palavra Que sendo semente lavra Ao mesmo tempo prudente A terra florescente Que vai brotando algum mel Para amainar o fel Daqueles que nesta vida Merecem nossa guarida "Olá, senhor do cordel"...
Torre da Guia = Portus Calle
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