AMOR SUBLIME
Queria ter a coragem,
De escrever o que eu sinto.
Dizer-te em alto e bom tom,
O que aqui, calo comigo.
Queria não ser tão covarde,
E adentrar nesse teu labirinto.
Encontrando a difícil saída,
Para o teu coração ferido.
Queria só uma vez, ser atrevida,
Não sendo tão somente amiga.
E num momento ser só mulher
Que dentro de si, o amor abriga.
Queria não precisar disfarçar,
O ciúme que tanto me consome
Ao vê-lo a outro alguém declarar,
Teu amor e tua saudade.
Queria ser por alguns instantes,
Teu porto, teu pouso, teu lume.
Perpetuando-o nesse momento
Na luz do meu amor sublime.
Cleide Yamamoto
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