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Artigos-->Cuzcus de domingo -- 20/05/2018 - 06:58 (Padre Bidião) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O cuscuz de domingo





Pela manhã, ao levantar bem cedinho pois o dia seria de missas e batizados, tive uma fome de leão, embora ainda estivesse com o braço dolorido pela aplica ação da vacina. Abri o armário da cozinha Bidiônica e vi que havia um pacote de farinha de milho. Ao tentar tirar o pacote sem fazer barulho, terminei derrubando mantimentos, o que provocou o despertar de Major Lalá e do Eunuco. Atônitos e sonolentos, se dirigiram à cozinha, e lá estava eu, Bidião sem graça. Lalá e o Eunuco Bidiônico limparam a bagunça e em seguida, o cuscuz já estava sendo preparado. Enquanto isso, retornei ao quarto para refletir a palavra Bidiônica que seria proferida na homilia dominical. Pensei, pensei... e acreditei ser melhor orar pelos famintos na carência de trabalho, paz e na carência da harmonia em viver bem. Percebi o quanto ainda temos que percorrer no infinito de tudo sem chegar a lugar nenhum, a não ser pela bagagem vazia que muitos ainda insistem em levar. Mas nenhuma ideia me vinha à mente, salvo a lembrança do poeta embriagado pelo amor e a enfermeira do aplica dor vacinal. Como eles, existem tantos outros pelo mundo afora, bem como com outros tipos de dores. Fiquei tonto e nauseado por começar a manhã de domingo assim, pensativo. Foi quando veio da cozinha, o cheiro do cuscuz já pronto e esperando a ser manuseado por faca, colheres e bocas. Levei o evangelho Bidiônico ao local da refeição para uma breve reflexão Bidiônica antes de iniciar a refeição. Ao sentar, percebi a Major Lalá em pé e de prontidão com o rifle e o Eunuco de semblante ainda sonolento. Resolvi chamá-los à mesa para juntos, tomarmos o café bidionicamente(silêncio total, mas com as ideias fervilhando). As ideias fervilhavam, o cuscuz havia acabado e já era hora de dar início às intenções da missa Bidiônica. Resolvi que a oração Bidiônica deveria ser indulgente, pois a vida não é perfeita e nela vejo equívocos por toda a parte. Todos tentam acertar mais para satisfazer a si que ao outro e por isso, estamos a viver um amontoado de sentimentos e eventos que nos arrastam à uma curta temporada de felicidade ilusória. Essa busca egoísta pela felicidade própria que satisfaz mais ao ego no eco, é completamente vazia, o que justifica tantas malas sem alça que existem no mundo. Não posso alcançar minimamente a felicidade sem ao menos olhar ao lado e perceber a infinitude de necessidades básicas a que muitos não têm o direito. Então, fiéis em Bidião, tomai vosso pão e o parti entre irmãos. Acolham-se entre si e vivam a harmonia das diferenças existenciais, pois basta somente a boa vontade e disposição em querer que o bem, também ao próximo chegue. Eis aí, o verdadeiro significado de felicidade. Peço que não desperdicem tanta energia que não seja para o bem ao próximo, pois tudo tem efeito bumerangue.



Palavra da salvação Bidiônica!
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