Confesso que até hoje, eu não te conhecia,
julguei-te má, entretanto vi que não era
aquela em que nos meus descrevera,
era clara como a fonte, como o dia.
Nunca foi má, somente eu sabia,
ainda que soubesse, eu não diria.
O teu olhar me fitando, brilhante,
caminhava comigo e eu não via.
Depois procurando-me,
com esta tua voz quase rouca,
coloquei o meu olhar
em teu olhar,
a minha boca beijando a tua boca.
É esta a vontade de viver,
que sempre me acalma,
é a chama do amor,
a incendiar todas as cinzas,
já apagadas da minha alma. |