Um vento soprando,
rugindo bem forte,
balançando os coqueiros,
soprando ao leste levando
as sementes das árvores.
Uma por uma, vai espalhando
até a última semente.
O vento vai levando
essa idéia de semeadura,
do oriente ao ocidente.
As sementes vão
se esparramando pela terra,
vemos pouco a pouco,
tudo plantado, tudo semeado.
Semeia-se ninguém ver,
semeia-se sem fugir,
assim nos campos da vida,
semeia-se sem sentir,
nascendo daí as florestas,
matas atlânticas do porvir.
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