APÓS O NAUFRÁGIO Absorvo o mel Da colmeia que m inspira na lonjura Sobre as flores de fel Sobre a amargura Da revolta que se solta E apaziguo no imaginado vergel De teu corpo Entre o sal do conforto... Esplêndida baía... Porto De meu veleiro passado do naufrágio... Um côco cai Da árvore de teus ombros Entre os escombros Do meu náufrago de ontem... Dou-lhe os meus lábios A pensar em todos os naufrágios E que bom é sentir Na tua mensagem refulgir O sumo imenso Do ventre dos sábios. Seja onde for Seja para quem for Se assim fizeres amor... Chegarás sempre antes do infinito ! Que belo e indizível é Experimentar a tua alma em silêncio... Torre da Guia |