Desejos em meus pensamentos,
Percorrem a minha pele,
Me tiram o juízo,
Desejos de minha libido...
Ah esses meus desejos desajustados,
Sem pudor, sem intenção
Sem vergonha, sem noção
Sem amor, sem coração ...
Desejos que me atormentam,
Que não me deixam dormir.
Desejos que me alimentam,
Que não me deixam fugir.
Desejos nada inocentes,
Desejos que cultivei
Em minha mente turva, mundana e indecente ...
Desejos ... apenas desejos ...
Pele... suor... cansaço...
Palavras impensadas,
Jogos de sedução...
Velas e candelabros,
Rosas, incensos,
Corpos nus, corpos suados...
De desejo, de paixão...
Só paixão, sem coração ..
Fumaça que polui,
Fumaça que me possui...
Turva meu pensamento,
Intorpece minha mente,
Engana meu coração ...
Veneno ingerido em doses cavalares,
Digerido em conta gotas,
Evapora em nossos corpos quentes,
Se dissipa, vira suor... morre ...
No lençol de minha cama...
Ao som de nosso ruído de prazer ...
Desejos ... loucos desejos, loucos, profanos...
Desejos que se perdem,
Na loucura de nossa voracidade,
Da pressa de nosso instinto animal,
No cheiro que exala nossos corpos cansados...
Enfim saciados, acalmados, enlaçados...
De paixão... de desejo...
Só o desejo... dormimos em paz ...
Me acalmo em tua pele,
Te acalmas em mim...
Sou tua presa fácil,
Teu copo de vinho ...
E bebo do teu suor ...
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