Vendendo sonhos...
Não é preciso voltar ao primeiro século antes de Cristo, para encontrar Lucrécio ajoelhado aos pés de Mecenas, encontraria em qualquer esquina um escritor vendendo o cérebro para comprar leite e pão. Muitos pagaram pela edição de seus primeiros títulos. Raquel pagou, Queirós também, e Coralina gastou seus Vinténs de Cobre na feitura de suas obras. Mas, ele não estava disposto a pagar para ser lido. Assim, para testar o canal, vez por outra, publicava em sites de literatura alguns fragmentos do livro que escrevia, deixando pingar trechos, gota-a-gota, como Fernão, que abria a torneira e, imediatamente a fechava, para que uma formiga não se afogasse no tsunami.
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