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Artigos-->A Felicidade enquanto sentimento? -- 25/03/2018 - 11:30 (paulino vergetti neto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos






A felicidade pode ser a graciosa fantasia que criamos para sentirmos o melhor sabor do melhor bolo da festa da criação do homem. Não creio que se atinja a plenitude desse sentimento, mas apenas se galgue degraus em seu rumo, algo como ganhar-se pequenas fatias do interminável bolo do prazer. Entendam-me como se estivesse sendo um contorcionista cego, ou um malabarista sem braços. Não me é tão fácil fazê-lo. Custa-me prazeres nem tão menores do que o tema aqui tratado hoje.

Variar é mais do que preciso.

É em nome desses prazeres fortes que o ser humano se corrompe ou deixa-se sê-lo. Uma pena! A felicidade poderia tomar rumos diferentes no seu eixo geral, e melhor ainda, com a mesma densidade em cada ser que a provasse. Para se ser feliz, é mais do que necessário saber o conceito legítimo de felicidade, se é que possamos conceituá-la com palavras. Parece-me, ser ela, a alma dos sentimentos, o melhor sabor do que nos é de mais palatável a todos os nossos sentidos.

O prazer tem um preço!

Aguça vontades alheias e nos impulsiona a percorrer estradas, às vezes, tenebrosas, como foram para os navegadores da Idade Média, o Cabo das Tormentas!

Os limites são importantes para nossos sentimentos. Ausência de medo é medo ainda maior. Não pensemos que a coragem de um ser humano seja do tamanho que ele quiser, mas sim, do que pode ter em suas entranhas. Há muitas maneiras de medir-se um homem. Creio que a melhor delas não seja pelo que ele seja em si, mas pelo que faça com o que saiba, tenha aprendido com a vida, entendido com a sabedoria conquistada através dos anos.

Gosto do amor. Do amor verdadeiro, quase inatingível, aquele que nos exige renúncias, práticas reconstruídas, vícios menores, doações gigantescas. Quando preciso é, chego a humilhar-me para poder sentir o melhor sabor dessa tal felicidade, filha do amor da alma, olho dos sentimentos puros. Amar é lavar-se de todo o desengano. É organizar dentro de si as coisas boas, as esperanças viáveis, dar o rumo devido às coisas indevidamente entendidas.

Quando tento meditar sobre a vida, enxergo-me tão pequenino, que chego a desentender-me diante das grandes questões existenciais. Nessas horas, o tamanho do universo me assusta e o entendimento me transforma em uma formiga vagarosa em busca dos restos que deixaram de alimentar os outros pequeninos, ainda menores que eu. De vez em quando é bom nos humilharmos diante de nós mesmos. Saímos desses instantes bem maiores do que antes. Faz bem à alma.

Quando um Juiz condena alguém, o faz, logicamente, debruçado em provas. Provar é feliz ou infeliz? Para quem? Qual dos dois seres? Um juiz condena o suposto réu. Quem é quem? Há alguém entre eles que possa ter acertado ou ambos erraram? Quais sentimentos passarão a habitar em cada um em separado? Se houvesse amor em toda prática humana, as sentenças seriam ilógicas, inúteis. Os homens seriam juízes de seus próprios sentimentos, esvaziando os tribunais, tantas vezes inquisidores a dor alheia.

Os felizes podem ser os mais tristes? Ai do tamanho da dor. O homem pensa a dor que sente ou que acha que pode sentir. Nem sempre a domina. A parda escuridão da noite serve aos animais cegos e atrapalha a vida dos que enxergam bem. Por isso é que vejo Einstein intrínseco no conceito de felicidade. Esse sentimento pode relativizar sentimentos outros, talvez diferente do que pensamos ser ele.

Conheço várias pessoas que se dizem felizes diante da vida infeliz (para mim), que levam. Diante desses entendimentos é que sei que poderei não saber, exatamente, o que seja felicidade.

Continuo confiando que apenas o amor verdadeiro poderá nos levar à sensação feliz de estarmos realizando algo bom, venturoso, merecível de ser tecido. Gosto de amar, apaixonar-se pelos sentimentos como um todo. Permito-me até ousar com o exagero e dificultar o controle sobre esses mesmos sentimentos.

Há tantos seres humanos que se encontram presos em nome de sentimentos falsos, prazeres que na verdade nunca foram prazeres, ações torpes que foram cometidas quando o maior sentimento foi justamente o engano. Acredito que ninguém é mau porque deseje do fundo da alma, mas porque sua mente não colheu corretamente os frutos da safra vivida, diante das necessidade para se construir o que pensamos ser a felicidade.

Termino este artigo desejando condenar o poder dado por homens a outros homens de discernir sobre o que é convencionalmente certo ou errado. O que julgam alguns, é condenável por outros.

Só o amor verdadeiro imita o que tentamos sentir quando nos sentimos felizes. Olhamos e nem sempre enxergamos. O amor nos dar o olhar verdadeiro para que possamos enxergar a vida humana em seus mais profundos dizeres e sentimentos. Traduzir a alegria apenas não pode ser confundido com estar-se feliz.

Viva o amor!

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