DOU-TE A LIBERDADE!
Perdoa-me!
Por tê-lo julgado culpado,
De ter-me abandonado,
Deixando-me só o passado,
Sem adeus ter me falado.
Perdoa-me!
O tempo que aqui, eu o segurei,
Na minha dor, no meu pranto,
Sem nada, eu dar ouvido,
Segurando-o aqui comigo.
Perdoa-me!
Por esse amor, que foi bandido,
Que roubou o teu descanso,
Querendo impedir o teu destino,
De ser cumprido no novo caminho.
Perdoa-me!
Agora eu consigo entender,
Não foi de tua vontade!
Eu só queria encontrar um culpado,
Para entender essa verdade.
Perdoa-me!
Hoje eu quebro as correntes,
Dou-te a liberdade!
Sei que o destino é o culpado,
De mim, tê-lo cedo roubado,
E na morte, de mim, tê-lo levado.
Comigo o terei guardado,
Mas não mais acorrentado.
Não mais o chamando ao meu lado.
Na paz encontre o alento.
E como um anjo...
Guarde os meus passos,
Para que feliz eu me faça.
Cleide Yamamoto.
|