Quando o Delegado tomou conhecimento de que prenderam o maníaco sexual, correu até a delegacia para, pessoalmente, comandar o interrogatório.
- Quem é o meliante? – gritou o delegado.
- É essa safado aqui... o tal de Zé das Galinhas.
- Seu Zé, você é um animal estúpido e repugnante... Como pode ter coragem de fazer sexo logo com uma barata!
- Eu num fiz isso não sô...
- Quer dizer que você nega. Nega que comeu a barata?
- Comer assim... assim... (mastigou em falso).
- Não seu idiota! Comer assim.... assim.
- Oia, seu Doutô: Eu já fiz muita coisa feia nessa vida... mas nunca fiz isso não!
- Não se faço de bobo! - gritou o Delegado. - Você foi pego em fragrante, e com a barata na mão!
- Tava na mão, seu Dotô. Só que nãom fiz isso que ocê falou não.
Como as negativa do réu, o cabo Jaburu, também conhecido com Pitibul, pulou no pescoço do capiau e começou a desferir sopapos.
- Sem violência cabo, sem violência. – interveio o Delegado.
- Mas seu delegado!
- Fique frio. Vou prosseguir com o interrogatório conforme manda o figurino. Agora, se ele não quiser confessar; vai ser todo seu.
- Mas ele tá mentido! Peguei o safado peladão e com a barata na mão.
Desta feita, uma jornalista, que cobria o caso, inrropeu pela sala para fotografar o réu.
O cabo aproveitou para estravassar sua ira e agrediu todos que se atreveram impedir o trabalho da Lei.
A situação ficou incontrolável.
Avaliando a situação, o delgado entendeu por bem, encerrar o interrogatório para evitar maiores problemas.
- Seu Zé da Barata; o que o senhor estava fazendo desnudo, com uma barata, no colo, às dezoito horas do dia 22 de novembro do corrente ano?
- Uai, seu Doutô! E eu lá tenho culpa se ela entrô na minha cueca?
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