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Cronicas-->Cronicas e Histórias -- 09/12/2002 - 20:22 (BRUNO CALIL FONSECA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Cronicas e Histórias...

Caminhava um jovem vagarosamente por uma avenida muito movimentada de uma metrópole, e caminhava sem prestar muita atenção pelos locais onde passava, na realidade também não tinha rumo, ele queria ir onde suas pernas o levassem, e caminhara ele o dia todo sem pensar em nada a não ser em não pensar em algo, ele queria se distanciar do mundo, queria se isolar por alguns momentos para que ele podesse refletir sobre si mesmo, queria descobrir a razão de viver, queria ver descobrir por que ele só tinha problemas, preocupações e coisas que só lhe faziam sentir tristes, ele queria um tempo para que ele pudesse ficar ao menos um pouco só, já que o meio o qual convivia não o permitia, andou, andou, e andou, até que uma coisa o intrigou, um papel que voou da janela de um carro, veio cair na frente dele, e nesse papel tinha a inscrição:
"...você é a sua única razão de viver..."
Essas palavras o intrigaram muito, tanto que ele se abaixou e recolheu a folha, e ao ver o seu verso, estava toda em branco, isso o intrigou ainda mais, porém ele recolheu o papel, dobrou-o e colocou em seu bolso, e não mais pensou naquilo que estava escrito na folha, apenas continuou a andar.
Em certa altura de sua caminhada ele parou em uma lanchonete para comer alguma coisa, então ele pegou um lanche e saiu comendo, até que alguns passos depois da lanchonete, ele viu uma senhora, possivelmente mãe de duas crianças que estavam ao seu lado, chorando enquanto sua mãe as tentava consolar dizendo:
- Calma, eu vou conseguir alguma coisa para vocês comerem, mas não chorem por favor!
Então o rapaz olhou o lanche que estava em suas mãos e sem pensar duas vezes, entregou à aquela senhora, a qual o retribiu com um grande sorriso, e um "muito obrigado". Na mesma hora as crianças pararam de chorar e se deliciaram com aquele pouco alimento que lhes fora dado.
O rapaz continuou a andar enquanto o sol se encondia por dentre o horizonte, contudo ao atravessar uma rua, viu um grande tumulto que se fazia em volta de uma pessoa que se encontrava caída no chão, ao tentar ver o que havia acontecido, percebeu que a pessoa tinha sido atropelada, e estava muito ferida e sangrando muito, então o rapaz adentrou o tumulto e por saber um pouco de primeiros socorros, estancou o sangue do homem caído e tentou reanimá-lo, enquanto isso pediu para que fossem chamar uma ambulància, assim que a mesma chegou, ele passou o relatório do estado do homem, mesmo com pouca experiência nessa área, e isso possibililtou que o homem pudesse ser salvo, pois os paramédicos demorariam um pouco até saber o que havia acontecido, sem contar que o homem já poderia ter morrido pela perda de sangue.
Mesmo sujo de sangue, o rapaz continuou a caminhada, e uma leve garoa começou a cair, mas nem isso intimidou ou amedrontou o jovem, que continuava decidido a descobrir por que ele estava vivo e por que ele passava por tantos problemas, então ele colocou a mão no bolso e pegou aquele papel que havia recolhido, e ao reler o papel já borrado pela água da chuva que já caía, ele percebeu que no verso daquela primeira inscrição agora estava escrito:
...as vezes muito do que fazemos nos passa desapercebido, as vezes salvamos vidas, as vezes destruímos vidas, quantas vezes ajudamos pessoas a crescerem? Quantas vezes alimentamos quem precisa de alimento? Quantas vezes dizemos palavras que ajudam as pessoas serem melhores? Quantas vezes vivemos momentos? Quantas vezes os inibinos por causa de maus pensamentos? Qual mais razão precisamos para saber por que continuar vivendo?! Precisamos apenas ser, algo que nos satisfaça, precisamos somente viver...
Quando o rapaz leu essas palavras ele percebeu, quanto ele já havia feito por outras pessoas, porém para ele... apenas tentava achar a razão de viver, enquanto ele fazia outras pessoas descobrirem a delas, então naquele momento ele percebeu por que ele tinha que viver;
"Para ser ele mesmo, e ser feliz..."
E não só isso, ele descobriu o quanto ele tinha e não percebia, ele sentiu a chuva em seu corpo e felicitou-se pois toda a alegria que ele queria estava na sua frente, porém ele não a deixava penetrar nele, foi só nesse momento que ele reconheceu todas as riquezas que ele tinha, enquanto ele pensava só ter problemas... ele percebeu que a simples oportunidade de estar debaixo de uma chuva contemplando tão belas palavras que estavam escritas naquele papel já era a felicidade que ele buscava... Porém quando ele se virou novamente para o papel, ele não viu mais nada, apenas viu uma folha em branco toda molhada, e foi aí que ele percebeu que tudo que ele tinha lido, ele o tinha feito de "olhos fechados", sonhando, pois era apenas isso que o coração dele tentara dizer a vida toda, mas sem que ele escutasse...
(Pirata Sonhador)



Conchas do mar
"Certa vez, um homem andava às margens do mar, numa noite com uma bela lua, ele lembrava de cada pessoa que havia passado por sua vida e por cada uma delas, adentrava ao mar, e recolhia uma concha, de acordo com a importància da pessoa, a concha poderia ser bela ou não, então ele começou a andar recolhendo as conchas, e quando se deu por conta já não tinha mais espaço para guardá-las, então ele pensou em fazer montinhos de conchas ao longo da costa para que não precisasse carregar um volume muito grande de conchas consigo.
O tempo foi passando, e a cada curto espaço, já havia um montinho de conchas, e o homem continuava a recolhê-las em lembrança das pessoas que haviam sido de alguma maneira importantes em sua vida, então quando começou a amanhecer, o homem percebeu que não havia terminado ainda, então ele cada vez adentrava mais no mar para recolher as conchas, e voltava para a costa para depositá-las em algum local seguro.
Então as pessoas começaram a chegar para desfrutar também como aquele homem da beleza do mar, e cada uma que chegava, encontrava num daqueles montinhos uma concha que lhe parecia mais bela que todas as outras, e recolhia para si, no final do dia, o homem já cansado, resolveu seguir o caminho de volta recolhendo os montinhos que havia deixado para trás, porém ele havia chego já a seu local de partida, e mais nenhuma concha havia restado na costa da praia, então aquele homem ficou feliz, pois:
"...não podemos ter todas as pessoas que gostamos conosco, porém deixamos que elas sejam levadas por boas pessoas, que um dia terão que se separar, assim como fizeram conosco, porém nunca conseguiremos reuni-las todas em matéria juntas conosco, mas ainda sim podemos ter todas reunidas em um local seguro, onde não poderão ser recolhidas por outras pessoas, lugar esse, é o nosso coração..."
Então aquele homem, ao invés de ficar triste, procurou mais pessoas para que pudesse de alguma forma marcar sua vida, para que ele pudesse armazená-la em seu terno coração, como uma concha na costa..."
(Pirata Sonhador)


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