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Cordel-->Agora é o cunhado que é dono da funerária -- 12/07/2004 - 19:56 (Airam Ribeiro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Literatura de cordel

Não herdei o caixão porque o cunhado comprou a funerária

Depois de muito tempo
De vivência com a mulher
Aquela que um dia casei
Com amor e muita fé.
Inda lembro era verão
E o sogro fazia caixão
Olha como a vida é.

Pensava que o caixão
Estava já garantido
Nunca pensei em mudanças
Pra mim não tinha sentido
Mas o sogro ganhava os anos
E eu o desengano
Não fiquei aborrecido.

Com os anos meu sogro
Parou de fazer caixão
E entregou logo a tenda
Para Gilson o irmão
De minha querida mulher
Veja como a vida é
Acabou minha ilusão.

A esposa que pensava
Que o féretro não ia comprar
Caso um dia morresse
Para poder me enterrar
Não pensava jamais
Desta despesa a mais
O jeito foi conformar.

Pensando com meus botões
O cunhado não é ruim!
Vendo a irmã chorando
Vai ter pena de mim
Ofertará o caixão
Para eu levar pro chão
Onde terei o meu fim.

Minha esposa tem medo
De não ganhar o caixão
Porque às vezes o Gilson
Viaja muito de avião
Só vive nos Estados Unidos
Fica um tempão sumido
Que nem lembra daqui não.

Do jeito que as coisas estão
Vou ficar preparado
Irei à funerária
Pagarei antecipado
Morro sem dever ninguém
Destas terras de Itanhém
Irei despreocupado.

Procure Juca Ribeiro
Pode abrir sua sepultura
Separe os seus ossos
E capricha na largura.
Em cima duas frases discretas:
Aqui jaz um poeta
Que fazia literatura.

Amou esposa e filhos
Respeitou seus companheiros
Foi rico de amizades
E pobre de dinheiro
Não herdou bens materiais
Pois não tinha bens os pais.
Esse foi o Airam Ribeiro.

Airam Ribeiro
20/03/04

www.usinadeletras.com.br
e-mail airamribeiro@zipmail.com.br

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