O calor é intenso, corro nu pela praia em direção ao mar. Repentinamente, não estou só e sim com outras crianças.
O vento forte e frio me refresca e a água veste-me e aquece. Aquela onda atropelando-me, aquela espuma chiando e o verde da água que não perde a sua cor nunca. O medo de ser arrastado para dentro do fundo do mar.
Nadar e deslizar na onda como se o corpo
fosse uma prancha, que prazer inesquecível.
O barulho dos amigos, dividindo comigo o
mesmo prazer da vadiagem.
O tempo passa e nada fica igual, exceto os sentimentos intensos e verdadeiros.
Agora homem, fico a ver o mar, olho, olho e a saudade me faz sentir novamente um menino.
Nada(r) me fascina tanto quanto o mar.
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