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Cronicas-->Natal -- 07/12/2002 - 20:14 (Jean-Pierre Barakat) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Natal...

Para mim, um momento de reflexão enquanto a vida flui no seu ritmo desigual por entre os homens. É a hora de mudar algo, deixar algo morrer e ver algo nascer em seu lugar: assim é a existência, desde o princípio dos tempos.

Queremos Paz e Amor, mas falhamos na tentativa de despertá-los, no enleio das nossas vontades. Aguardamos, por vezes sem desejar honestamente que isso aconteça, pois isso poderá significar certo sacrifício - que nem sempre estamos dispostos a fazer. Ora, eles já nos pertencem: Paz e Amor fizeram a humanidade.

Não estamos, no entanto, dispostos a separar o joio do trigo. Consideramo-nos, e de forma unilateral, seres inteiros, com defeitos e qualidades. A sociedade deve aceitar, sem questionamento, a nossa índole heterogênea. Evidentemente, temos muito que aprender ainda nesse aspecto.

Queremos Prosperidade e Saúde, e também falhamos. Pois, se nós queremos ter (mais) conforto material, temos também medo de perdê-lo. Quanto à Saúde, bem, custa-nos muito uma mudança de hábitos. Somos detentos de um sistema ardiloso de nossa autoria, de uma escapatória de dois gumes, um álibi frágil. Pois a Prosperidade e a Saúde estão ao nosso alcance. Basta querê-los, basta abrir a porta da alma e aceitá-los com aquela humildade inerente aos homens.

E percebo, ao voltar para o meu terreno casulo, que algo mudou em mim desde que comecei a colocar meus pensamentos. No entanto, ouço o mesmo barulho da cidade, as mesmas crianças brincando, chorando lá fora. Deparo-me com o mesmo silêncio das horas deitado no meu zeloso zunido operário.

Vejo desfilar diante dos meus olhos as mesmas imagens e cenas de fome, de tragédia e de terror, faces e lugares sem Deus, que tentam sensibilizar no período festivo (que contradição mais brutal essa) o coração dos homens, no afã de fazê-los "doar" recursos materiais (e não cursos de carinho e respeito): a cota dos ditos "dízimos caridosos". Em troca, há a absolvição dos crimes de omissão e de esquecimento. Assim é feita a nossa vontade: é a consciência leve, mais uma vez.

Então, Natal, Ano Novo (ou velho?), rios de sorrisos, lágrimas e promessas. E o ano que vem aí? Bem, vamos mudar (de assunto) mesmo? Paz, Amor, Dinheiro e Saúde. Respiro o mar do conhecimento e lanço-me à onda da Esperança que me contagia.

© Jean-Pierre Barakat, 07.12.2002
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