As imagens, as palavras, os sonhos que traçamos e vivemos me suspende, me move...Eu caminho. Envolta numa redoma, transponho e respiro o ar dos mortais-errantes, quebro tudo. Ou será que saio juntando os cacos do que estava há tempos quebrado? E pergunto porquê te conhecer, porquê te encontrar? Porque amar, brindar com você? Porque te querer? Talvez voltar saborear a dor, fragilidade, paixão , amor, felicidade, desejo, êxtase. Amar e ser amada nas profundas sutilezas, incertezas, possibilidades do encontrar-querer. Ou ainda provar a delícia do prazer Ser, namorar, entregar. E novamente não esquecer a condição de ser aprendiz.
Amo os primeiros tons que abraçamos, as canções que adotamos nas correntezas do rio-mar a lançar no amar. O desconcertante, intrigante encontro a vida, da vida.Queima no rosto as lembranças das lagrimas que rolaram em nós...As despedidas incertas do que fazer, como fazer, como resolver, o que decidir. Desistir? Não nascemos para isto, não quebramos tabus, não nos vimos e amamos nus para desistir. Insistir, acreditar, agir, confessar e agarrar ao senhor tempo é o tempero, o desespero a mover tantas emoções, tantas situações envolvidas no universo que semeamos e colhemos.
O encontro nos afirma que teimamos em amar. Que teimamos em querer ser feliz, amar e ser amado. Que somos flores-espinhos, que somos vinho a aquecer sempre corações.
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