Deixa pra lá,
Vou me perder nas brumas do desconhecido,
Caminhar de encontro a lua e seus dragões,
Ferindo-os com a minha lança do desencanto,
Para que morra em mim qualquer resquício de paixão
Deixa pra lá,
Um dia sua existência será apenas lembrança,
E não teremos que perguntar do depois,
Deixa pra lá,
Faz de conta que não fostes poesia,
virastes canção
E hoje é só saudades,
Que corrompe-me a alma,
E cala-me o coração.
Que desfila pelas calçadas
Nesse pranto frio e cínico
Que escorre pelos bueiros imundos
Do que a vida foi sem você,
Um resto do pouco
Do nada que fui.
Do eu sózinho, calado
magoado,
Do eu inútil
Do amar você...
Deixa prá lá
Zanza®
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