Pedimos ao bom irmão
Que não queira, neste dia,
Preencher as três folhinhas:
Só vai me dar alegria.
Este nosso atrevimento
Tem uma razão de ser:
É que o nosso horário de hoje
Atenção vai merecer.
Sabemos dos compromissos
P’ra este dia e p’ra amanhã.;
Portanto, não fique aflito,
Parecendo com a terçã.
Apesar de poucos versos,
Nos fizemos entender,
Vamos, pois, mudar de rumo,
Para o exercício crescer.
A habilidade poética
Já começa a florescer,
Embora tão-só estejamos
Poetando p’ra saber
Donde podemos tirar
Isso que vamos dizer.
É muito rico este solo,
Dá milho, arroz e feijão.;
Produz também certa rima
De pouca conceituação...
Que carícia para o ouvido
Ter a voz aveludada,
É mesmo assim, caro amigo,
Que vencemos a parada.
Se podemos encontrar
Espíritos mui famosos,
Também iremos cantar
Feitos bem esplendorosos:
Comecemos por Jesus,
Cuja vida nos seduz.
O bom Mestre, certo dia,
Viu minúscula formiga,
Conduzindo grande folha.
— Este conto é à moda antiga.
Ele disse ao bom bichinho:
— “Que fazes sob tal sol?”
— “Conduzo o nosso alimento,
Em lugar do futebol.”
— “Mas não é mais divertido
Assistir televisão?”
— “Certamente, bom amigo.;
Mas depois da refeição.”
Assim, Jesus confirmou
O que sempre suspeitara:
Vão os bichos ensinando.;
Isto não é coisa rara.
Já chega, bom amiguinho.;
Deixe o resto p’ra depois:
Deus não criou este mundo
Em um dia, nem em dois...
O meu primo José Bento
Era amigo da folia,
De tanto andar ao relento
Morreu de pneumonia...
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