Daniel... Não se trata
De desafio e bravata
De maldoso menestrel
A proposta em bom papel
Que aqui me atrevo a fazer
Para a Usina aprender
A desfiar bom cordel
Como pingos de bom mel
Verso a verso dia a dia
Em sétimas uma a uma
Colocaremos em suma
Nosso pendor e versejos
Tal e qual realejos
Despertando uma pluma
Uma sétima... Só uma
Logo a seguir um ao outro
Não custa coisa nenhuma
E no fundo a pouco e pouco
Quem não o sabe apreende
E o experimentado estende
Seus versos ao mundo louco
Dos dedos não fico rouco
E resguardo a garganta
Da rima que se levanta
Em fúria para morder
O silêncio onde grito
As trovas ao infinito
Mas ninguém quer perceber
Ora então para valer
Daniel a sequência
Dos versos que com prudência
Tão bem sabes escrever
Vou de imediato expor
A sétima que há-de pôr
Nosso estro a discorrer...
AOS VENTOS DO ESTRO DE BRAGAL
Torre da Guia = 1.TG
Sou filho de Portugal
Arauto em português
Aos ventos que Dona Inês
Pediu socorro final
Mas os ventos prosseguiram
A fingir que não ouviram
Como hoje tal e qual.