APOLOGIA
Maria Teresa Albani
(Maytê)
E me tornas " lembrança...
... como um perfume a ser curtido,
sorvido e aspirado...
... renovando a esperança
que assim deve ser o amor...
que é possível... e existe....
... como poeira de estrelas...
deslizando nos anéis de Saturno"(*)
Que bela figura de retórica!
E me sabe ao coração
tão vazia, reticente e inútil
como toda a tua apologia.
Melhor seria
tivesses simplesmente dito
que estavam verdes, as uvas.
Isto sim, a mim, soaria,
como compreensível
e perfeitamente natural.;
posto que, de amor, afinal,
conheces apenas a teoria.
E mal!
18.07.2002
19h20
(*) trechos extraídos de um discurso (des)amoroso,cujo autor prefere não ser identificado
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