No amanhecer do céu azul da cor do mar, iluminado pelo sol sem lar, o vento desce e diz as árvores pra dançar. No mesmo embalo, no alto do poste o pássaro elogia a vida, agradecendo a sorte de ainda viver e amar.
Mais adiante as flores, sobre a sacada do edifício, que impede a brisa de refrescar o outro lado da rua festejam o beijo, que o beija-flor faz sem hora para parar, bem como o rio em agonia, que corta a cidade todos os dias levando no leito a esperança a vingar.
Esse céu, de infinitas luzes brilhantes riem-se na escuridão por instante, enquanto a noite formosa, pelas encostas sussura e vem ao mundo doente abraçar.Querendo,querendo lembrar esses homens dos sentidos, que tendem a nos humanizar.
Ah! se a vida não nos permitisse pensar, quem sabe o que faríamos pra amar?!...
Tudo ao redor nos oferece, nada nos nega, nada nos entristece, e apesar da cabeça o corpo é quem padeçe.
|