Usina de Letras
Usina de Letras
63 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62201 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22534)

Discursos (3238)

Ensaios - (10353)

Erótico (13567)

Frases (50601)

Humor (20029)

Infantil (5428)

Infanto Juvenil (4762)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140793)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6185)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
cronicas-->Verde espada -- 15/07/2000 - 22:02 (Renato Rossi) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A despeito de usar computadores há incontáveis anos, ainda guardo um fascínio infantil por canetinhas coloridas. Não me refiro a canetas de colorir, falo destas canetas esferográficas de cores variadas, destas com ponta fina como as que se usam agora. Pois, graças à indústria oriental, ao sangue fenício de nossos irmãos do Chaco e, é claro, à inesgotável imaginação e capacidade empreendedora do desempregado brasileiro, há uma grande oferta de canetas coloridas.

São ótimas para escrever e são oferecidas em um leque enorme de cores. Todo um arco-íris e inclusive algumas cores invisíveis a olho nu. Eu, naturalmente, só uso estas cores mais tradicionais. Azul, vermelho e suas variações mais sóbrias. Outro dia ganhei de Juliana uma marrom. Por sinal, hoje caiu no chão e, não sei não, acho que encerrou sua carreira. Uma pena, tão jovem, com tanta tinta. Uma lástima. Mais austeras, estas cores tradicionais, combinam mais com minha barba, careca e barriga.

Juliana também aprecia estas canetas. Sendo mais jovem pode ser mais liberal nas cores. Eu mesmo, sou obrigado a confessar, fico com uma certa inveja destas cores mais alegres, mais jovens. Com isto, não raro fico competindo com Juliana por canetinhas de cores, digamos assim, menos convencionais.

Um dado curioso sobre estas canetas é que a tinta é gasta à medida que se escreve. É natural, se a tinta vai para o papel, não há de ficar na caneta. Ocorre que estas canetas mais comuns a que estava acostumado, que eu notasse, nunca gastavam a tinta. Antes que fosse possível ver o nível de tinta diminuir, a caneta era perdida. Perdida que eu digo, significa esquecida em qualquer lugar ou levada por algum incauto que queira se ressarcir da última caneta perdida em circunstància semelhante. Pois então. Estas canetinhas modernas gastam.

Aqui em Brasília, estas canetas são vendidas em qualquer lugar, mas é na chamada Feira do Paraguai que a oferta é maior e os preços menores. O preço é o mesmo independentemente da cor escolhida, o que não deixa de ser uma injustiça. Imagine, uma caneta laranja em uma tonalidade especial, pelo mesmo preço de uma mera caneta preta. Embora injusto é conveniente, pois não haverei de lá ir para comprar uma caneta preta.

Outro dia Kaká, minha sobrinha, disse que ia lá e eu, sem muito disfarce, pedi que me trouxesse uma destas canetas. Verde, como poderiam ver no rascunho. Mas um verde discreto, quase militar. Um verde honesto. Um verde espada, como se diz.

Com esta, já posso dizer que tenho um conjunto. De qualquer forma, caso alguém queira imitar a Kaká, sugiro variações do vermelho ou outra marrom, dado que a minha estragou.

Obrigado Kaká.


Escrito em 12.07.2000
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui