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Poesias-->18. MISCELÂNEA -- 30/07/2003 - 07:49 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Quando o Mestre abençoava

Os que pediam as curas,

Vinham os anjos do céu

Soar as canções mais puras.



Que belos foram os dias

De tal peregrinação:

Jesus orando co’amor,

Pensando na multidão!



Os apóstolos temiam

Pela própria segurança.;

Mas Jesus volvia aos céus

Olhos cheios de esperança.



Certo dia, um bom menino

Quis nos braços se jogar.

Jesus o aparou sorrindo:

Bem a tempo de o salvar.



Maria, virgem puríssima,

Coração imaculado,

Mantinha sério receio,

Por senti-lo atraiçoado.



As hostes romanas vinham

De longe, trazendo a dor,

Mas os doutores do templo

Eram desgraça pior.



Dentre os amigos do peito,

Discípulos escolhidos,

Um só deixou de estimá-lo,

Tendo vícios escondidos.



Soldados jogaram dados,

Sobre a manta mais sagrada.;

Estava escrito de há muito:

A sorte estava lançada.



Mui raramente se via

Jesus andando sozinho:

Ou trazia algum apóstolo,

Ou algum pequenininho.



Mui caro irmão escrevente,

Tendo gostado do tema,

Prossiga sempre escrevendo:

Este há de ser o seu lema.



Caminhando, certa vez,

Um samaritano o achou.;

Trazia muito dinheiro,

Que de Jesus ocultou.



Tinha medo de sofrer

Bastante séria advertência,

Pois não tinha a que se ater:

Era pobre de experiência.



Jesus o chamou às falas,

Impôs verdade total.;

Agora o nosso andarilho

Luta ainda contra o mal.



Penetras estão presentes,

Querendo participar.;

Será que têm algo bom

Que possam apresentar?



Eis aqui uma quadrinha

De um dos jovens dessa turma.;

Muito acanhado, fugiu:

Em que caverna se enfurna?



Boa linguagem poética

Exige dedicação,

Porque não é coisa à-toa:

Vai fundo no coração.



Vamos ficar satisfeitos,

Quando encontrarmos alguém

Que tenha facilidade,

Já que esta turma não tem.



Quanto gostoso é escrever

Sem ter compromisso certo,

Sem ter quem nos venha ver

O resultado de perto.



Os versos de sete sílabas

São mui fáceis de fazer.;

Entretanto, algo apresentam

Que nos faz estremecer:

Trata-se desta harmonia

Que as rimas fazem nascer.



São versos mui perigosos,

Pois brotam mui facilmente.;

Por certo, com perspicácia,

Vão enredando esta gente.



Os que chegaram depois

Procuraram escrever,

Usando muita saliva,

P’ra este amigo convencer.



Entretanto, cá estaremos

Pelejando como anão,

Que, p’ra galgar as alturas,

Fica mais longe do chão.



A bela quadra anterior

Trouxe-nos outro elemento:

É a tal figura poética —

Metáfora — atrevimento.



Não sabemos por que estamos

Hoje tão preocupados:

Talvez seja que estejamos

Com tantos seres ao lado.



— “Que furo n’água!” — diria

Quem, de repente, se visse

Aqui diante da gente:

Era o disse que não disse...



A nossa chance vale ouro,

Para quem não tem sossego:

Além de se ver aceso,

Vai conseguir bom emprego.



Mais um dia que se passa

Sem que tenhamos sucesso.;

Se nossa turma fracassa,

Nosso médium tem progresso...



Que gélida recepção

Eu tive aqui noutro dia:

Pensava vir escrever,

Fiquei em banho-maria!



Conheci uma velhinha,

Doceira de fazer gosto.;

Outro dia faleceu:

Mudou-se para outro posto.



Chegando aqui, prometeu

Que adoçaria o Senhor,

Entretanto, se esqueceu

Que isso se faz com amor.



Precisará, uma outra vez,

Volver ao plano terreno:

Vai aprender a fazer

O bom pão doce fraterno.



Quem sabe, chegando o dia

Da vinda do presidente

Da entidade dos poetas,

Já encontre o médium assente.



Que belos foram os dias

Em que passei sobre a Terra.;

Mereci grande fortuna:

Quem tem Jesus jamais erra.



Já é hora de crescer

Em virtudes, caro irmão.;

Não vá deixar toda a turma

Ficar de chapéu na mão.



É bem raro de se ver

Um esquema semelhante

Desse que o irmão escrevente

Coloca de nós diante.



Promete cumprir, fiel,

Tudo aquilo que acertou.

Haverá de passar mel,

P’ra não negar que apanhou.



Escrevamos mais um pouco,

Até preencher o papel,

Já que estamos bem felizes:

Fica o dedo — vai-se o anel.



Por pouco não rabiscávamos

Um longo traço na linha,

Colocando, ao final dela,

Só um -el de pouca linha.



— Linha com linha, dirão,

“É falta de inspiração!” —

Certamente, assim será,

Mas não nos preocupa, não.



Quem tem recursos mui ricos

Sabe sair-se de tudo,

Até para arrumar rima:

Mas, todavia, contudo...



Não ficaria contente

O caro amigo escrevente

Com apenas uma quadra

Brilhante como o poente?



Mas escrever é preciso,

Para dar prosseguimento

Ao treino de todo dia,

Em bom desenvolvimento.



Aqui estaremos de novo,

P’ra confirmar o ditado,

Segundo o qual é falado:

Muita galinha sem ovo.



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