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Poesias-->O Exorcismo -- 27/07/2003 - 20:27 (Alyne Roberta Neves Costa) |
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Há uma poesia viva na minha estrada.
Eu fui pó,
eu fui poeira,
eu fui o nada...
Mas há uma poesia que me beija e me abraça.
Eu sou só,
eu sou fogueira,
eu sou a chuva que passa...
Não mais me resta o medo de amar.
Me resta a lágrima certa da solidão.
Então invento um castelo e um colibri,
dou ao coração qualquer razão pra rir.
E lembro a garrafa e o cálice que tomei só.
Meu era o vinho, minha era a verdade.
Tua a impotência de aprender amar.
Lembro meu corpo só e vestido sobre o sofá.
Lembro sua mente pensante, há milhas de sonhar.
E fostes embora na hora certa em que devias ir.
Deixastes a porta aberta...
Deixastes a porta aberta...
A chave exposta...
O cadeado dependurado no portão.
E eu que já reconheço quem deve partir,
Se algo procuro, é a ternura que perdi em ti.
E a porta permanece Aberta!
Incerta é a hora de um amor chegar.
Para C****
18/07/03
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