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Poesias-->14. CHORAMINGANDO -- 27/07/2003 - 09:03 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


“Por todo o sempre” é uma frase

Que deve ser aplicada

Somente quando o princípio

Se dá para coisa grada.



O que não se conseguir

Através de linda prece,

Vai ser difícil chegar:

Outro recurso falece.



O grito que ontem ouvimos

Pareceu incomodar,

Mas a verdade é que todos

Deram de choramingar.



De tudo o que temos dito,

Muito pouco se aproveita,

Porquanto o espírito humano

Muito pouca coisa aceita.



Antes mesmo que disséssemos

Que não estávamos aptos,

Eis que os irmãos socorristas

Não nos viram mentecaptos.



Por certo, o pouco que estamos

Deixando neste papel

Pode até ter algum mérito,

Se bem nos souber a mel.



É perigoso ficar

Preenchendo estes papéis.;

Seria melhor deixar

Conduzir-se por cordéis.



O ritmo de nossa frase,

Ao iniciarmos o verso,

Promete ser mui fiel

A tema não controverso.



Antes de qualquer suspeita,

Temos fé cristalizada.;

Porém, parece que o amigo

Tem mente desconfiada.



Somos bem capazes de algo

P’ra melhorar a poesia,

Pois parece-nos possível

Terminar com alegria.



Sentimos muito, amiguinho,

Se a nossa rima fenece,

Sempre que desempenhamos

Este roteiro sem prece.



Hoje as coisas estão indo

De modo bem inferior.;

Talvez cantemos um hino

P’ra que nos dê fé e amor.



Este ritmo e melodia

Estão bastante apagados.;

Quem sabe se esta harmonia

Nos deixa melhor postados...



O mistério deste dia

Já se desfará, esperamos,

Pois se torna insuportável

A vontade destes amos.



— “Que pena!” — dirá o irmão,

Ao perceber, finalmente,

Que ficou a versejar

De modo mui inocente.



Quando surge a boa rima,

A indicar algum progresso,

Logo vem o nosso irmão

A proclamar seu sucesso.



Essa rima a que aludimos

É fácil de realizar-se.;

Vai ser como esta daqui,

Pois basta saber postar-se



Que dúvida vou criando

Para este bondoso amigo,

Já que não vai conseguir

Escrever aqui comigo.



Se Jesus vier um dia

Trazer colaboração,

Por certo, vai fenecer

Com tão pequena emoção.



Que triste não ter sossego

Que ajudasse o nosso irmão

A desvendar o segredo

De tanta imaginação.



— “Podem, sim, contar comigo” —,

Diz nosso mestre a sorrir,

Mas, para tanto, é preciso

Ficar sereno e sentir.



Quando as coisas acontecem,

Crê-se que o mundo cresceu.;

De alegria se enche o peito:

O coração não morreu!



Os religiosos do mundo

Têm um dever a cumprir.;

Precisam dizer a todos:

— “Tenham ouvidos de ouvir!”



Desculpe-me, caro irmão,

Mas é preciso dizer

Que nossos versos de agora

Irão desaparecer.



Antes de tudo, querido,

É preciso respeitar

Esta idéia que enche a mente

E que promete brotar.



Raramente temos tido

Ajustamento total,

Porquanto o “jovem” que escreve

Participa e coisa e tal...



Fique quietinho na sua,

Espere que o povo diga.;

Nós não queremos que assuma,

Pois assim ninguém se liga.



Por pouco não avisamos

Que este dia está perdido:

É que o bondoso leitor

É tão-só o escrevente adido.



Pão, mel, manteiga e feijão

São quatro pratos do dia,

Mas, se se unirem, darão

Muita dor e muita azia.



Que belos são os chorões

Que se plantam junto às tumbas!

Trazem sentimentos lindos,

Tão perto das catacumbas.



Por isso, prezado amigo,

Tivemos dificuldades:

É que você se perturba

Diante destas claridades.



Não nos vamos esquecer

De que este dia termina.;

Bem aí nos dá um soninho,

Nossa cabeça declina.



A noite está com luar,

O céu, coberto de estrelas,

Aí, olhando p’ra cima,

Pensamos: — “Como é bom vê-las!”



Acreditar é preciso

Em que coisa aproveitável

Poderá ser extraída.;

Mas isso é pouco provável...



Um belo dia será

Aquele em que, finalmente,

Um espírito dirá:

— “Estou aqui bem presente!”



Não desejando ofender,

Ainda estamos p’ra ver

Algo bom acontecer,

Porquanto o triste exercício

Se estende, como suplício,

Deixando tudo bem chão.;

E já está chegando a hora:

Vamos partir sem demora,

Retornando ao bom rincão.



Caros amigos do etéreo,

Vamos falar francamente:

— “Teremos necessidade

De germinar a semente?”



Mas que hora é esta — meu Deus! —

Em que tudo está perdido?

Já não mais temos sossego,

Com este grupo atrevido.



Eu duvido que se chegue

A um resultado qualquer,

Pois me parece que tudo

É móvel como a mulher...



Sempre que o amigo dispara,

Enchendo as linhas azuis,

Parece ficar mais fácil

De escrever os nossos “-uis!”



Que grã pobreza, queridos,

Parece até que sou eu

Quem as escreve em seguida

Coisas mais negras que breu...



Todo dia, mais um pouco

É o que lhe temos pedido.;

Quem sabe, algum dia, achemos

Quem vai dar-nos seu ouvido.



Se coisa boa fizermos

Que deixe o amigo contente,

Agradeça logo a Deus,

Só depois pense na gente.



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