Usina de Letras
Usina de Letras
153 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62213 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10356)

Erótico (13568)

Frases (50606)

Humor (20029)

Infantil (5429)

Infanto Juvenil (4764)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140798)

Redação (3303)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6185)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->AIS DE INFÂNCIA -- 26/07/2003 - 15:13 (Elane Tomich) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
AIS DE INFÂNCIA



Elane Tomich



Muitos longes tem a espera.

Desabonos da inocência,

Em compridos abandonos

De morte curta em seqüência.

Um pedido sem socorro,

Grito pasmo de revolta

Que bate na pedra e volta

Ecos de urros de fera

Espalham-se à boca pequena

Como é que ela sonha

Se traz no brinquedo, a vergonha?

Ela tem pele serena

Corpo e canto de menina

Cabelos de seda pura

Boca de goiabada

Curiosidade sem cura

No corpo, cicatriz rosada

Sem vãos, uma estrada lisa

E a sedução precisa

De quem não pode saber

O que seduz sem querer.

Ele é grande e desce o morro

Tem jeito de lobo e monge

É de perto e é de longe

Come à mesa do jantar

E traz uma dor planejada

Preparada e desejada.

Que da caça há de fartar.

A cena que se encena

Repete teatros de esquina.

Há uma esperança rasgada

Numa criança negada.

Aquele tão vivo vermelho

Não é tintura de chita,

Não é pintura bonita...

Mas lava-se em água fria

Na cachoeira que ria...

Não se reflete no espelho.

Que o sangue escondido,

Virou uma flor no vestido.

Sempre do mesmo jeito

Estupidamente estática

A brutalidade apática.

***

Quem pode acolher no peito

Quem guarda tanto segredo

Tanto ataque por defesa,

Feiúra em tanta beleza

E o arrepio do medo?

Houve um anjo que morreu...

E ela desde menina

Cheia de dor e pecado,

Por quem mutilou o afeto

E esculpiu o querer,

Refaz e reconta a sina

E sem limite e sem teto

Do que pode , dá o recado

De outro anjo à espera

Que encontre em seu medo a calma

E em seu corpo ache alma

Domando-lhe a dor do desejo

Da raiva, pressa do beijo

Num abraço que aquece

Na carícia doce que cresce.



..................................



Para meninas muitas, mulheres colhidas verdes, ainda em botão, antes de flor.











Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui