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cronicas-->Silvanas e Luísas -- 04/12/2002 - 18:02 (Clarice Barcellos) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Sabe aquele bar que fica lá naquela esquina, onde muita gente gosta de passar horas conversando, bebendo, namorando ao som de um violão que quase ninguém escuta?
Também pudera. É muito difícil mesmo escutar o violão se ficam xeretando as conversas dos outros...


- E aí, cara! Fazia um tempão que não nos víamos. Como vão as coisas?

- Indo...

- E a Silvana? Resolveram morar juntos, afinal? Amigo sumido é amigo casado.

- Perdi a mulher.

- Como assim?! O que você aprontou, António?

- Adquiri o maior defeito que um homem pode ter.

- Não consigo imaginar qual seja. Afinal, dependendo da mulher, nosso pior defeito pode ser este ou aquele. Fala!

- É como um càncer. Vai corroendo aos pouquinhos no início e acelera incontrolavelmente no final, quando já não temos forças para lutar.

- Meu Deus! O que pode ser tão sério assim?

- Perdi o emprego, o mercado de trabalho está saturado e por isso perdi a mulher.

- Não acredito! Nunca pensei que a Silvana fosse uma dessas. Puxa! Quem diria...

- Pois é. Mas vamos falar de você. Como vai a Luísa?

- Ah, amigo! Pois a minha sorte não é melhor que a sua. Perdi a mulher por uma bobagem. Dinheiro, pelo menos, é algo importante na vida das pessoas.

- O quê?! Brigaram de novo por causa da louça na pia? Vocês realmente brigam por besteiras que não são motivos de separação.

- Que louça que nada! Perdi a Luísa porque não falei. Não disse o que ela sabia mas queria ouvir mesmo assim. Eu não pude, entende? Tem certas coisas que não consigo falar.

- Mas o que era tão importante assim que você falasse? Era assunto sério, pelo visto.

- Ela disse que era. Para mim é bobagem. Para que verbalizar o que o outro já sabe que vai ouvir? É uma espécie de redundància, não acha?

- O que é que você não disse?

- Eu te amo

- Puxa vida! Não entendo mais nada. Parece que para algumas o óbvio é homem com dinheiro. Para outras, o óbvio não é o suficiente.
Quem diria hein? A Luísa...





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