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Poesias-->SILÊNCIO DE VIDA E MORTE -- 26/07/2003 - 14:56 (Elane Tomich) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos






Silêncio de Vida e Morte

Elane Tomich



Em silêncio eu confesso,

que o silencio não existe.

ainda que inaudível,

ainda que indizível

que no vazio persiste,

entre o querer e o confesso.



Sempre existe um ruído

um desejo, um pensamento,

um pedido ao pé do ouvido.

Na alma o som que fermenta,

que a calma da alma é lenta.



No sono o sonho é insone,

anarquia do sem nome,

festa que me consome

no ritmo dos meus mitos...

Lá fora me acorda um grito!..



O estrondo da explosão

do lado de lá do mundo,

dói sem dó o coração,

que de perto o som perfura

atinge do peito, o fundo

nas balas da perdição.



Também há o ruído leve

o riso alegre da rosa

seu suspiro fundo e breve

pardais, vento na varanda

e mais dois dedos de prosa

som com cheiro de lavanda.



O clamor do olhar tristonho

de um criança na rua,

faminta de amor e sonhos

vestindo trapos de lua.

E apesar dos pesares,

cantam as ondas dos mares...



Há quem acredite na sorte

da paz calada da morte.

Quem sabe e há de saber,

almas de insano querer?!...

Vai que a morte , no entanto,

é o derradeiro acalanto.





















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