A cada dia, a cada passo, passo à frente uma ideia, uma vida e sigo percorrendo a trilha do nada ao tudo que dou na infinita busca de um caminho que possa realinhar passos perdidos. Das buscas ousadas, atravessei com barcos sem velas pois elas estavam despidas inocentemente revelando o perfil esguio de uma embarcação esquecida no pier por algum marinheiro ou pescador que não quis navegar na solidão junto aos mistérios do mar. Ahhhh.... o mar, segredos ao fundo de vidas naufragadas em seu habitat alterado pela ação da mão que um dia fora abençoada. Hoje, suja e ensanguentada por guerra e fome que come as próprias vísceras pra dar vida nas voltas que o mundo dá. Dá e não cobra, mas poupa a indigência de saberes e silêncios que abrem vozes ao infinito mar, outrora navegado por tantos sonhos de saberes.