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Poesias-->A deriva. -- 25/07/2003 - 20:18 (Sandra Moreira Ebisawa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Te autorizei demais

Permiti que falasse de amor comigo

Que invadisse meu corpo com força e desejo...

Que preenchesse minha cavidade mais macia.



Permiti a tua ausência e teu silêncio...tua distância.

Me acostumei a não esperar teus chamados.

Te acostumei a não precisar pedir...

Bastava deixar as pistas do teu desejo para que eu as seguisse.



Tuas palavras só foram explícitas para me dizer que não sou eu...

Não sou a tua rainha.

Esse som metálico nunca mais vou esquecer.



Me acostumei a sentir a tua falta....

A passar os dias rasgando todos os sonhos que criei para nós.

Incontáveis dias!



Esse lugar clandestino na tua vida, me humilha.

Eu, que já me senti a Tua majestade,

Passei a encontrar-te nos porões da vida...Oficiosamente.

Sem possibilidade de transitar pela casa tua, vida tua...Vida minha.



O nosso amor, que sempre foi balsâmico e acolhedor...

Tornou-se sôfrego, superficial...Inconfesso!

Ou será que fui eu que nunca realizei isto?

Nós fomos um caminho para o futuro...

E agora somos como uma rua sem saída.



Éramos dois...hoje somos cada um.

Éramos prósperos e nosso sofrimento fisiológico.

Hoje, somos miseráveis e nossa dor é patológica...

Assim como o nosso prazer.



Você me convenceu que nunca me chamará...

Nunca me pedirá para voltar...

Que, aconteça o que acontecer...

Nunca iremos estar livres para nos unir nesta vida.



Somos prisioneiros do desencontro...

E eu já me perdi do meu desejo...Já aprendi a optar pela menor dor.

Não te ter, não te querer, não te desejar...

Assim é menos dolorido.



Já não espero pelo teu chamado.

Já não sofro com a tua ausência.

Somente a tua presença me causa dor.



Olhar para você de perto, é "redoer"...Dói até o teu carinho mais suave...

E o prazer que ele causa em mim.

Sinto esssa despedida em meu coração, que não suportou tanto desvelo.



Minhas "águas" estão se acalmando.

O vendaval que soprava, virou brisa.

Minha nave está a deriva agora.

Mas não mais ao sabor de minhas "chamas"..

Que as vezes, por hábito, talvez, ainda clamem por tua presença.

Mas esta já não é a sede de meu governo.

Aprendi com você onde devo fundar a capital.



Eu, para você, me transformei em cinzas.

Me consumi na saudade...E me perdi de você.

Por favor, não volte atrás...Eu não estarei mais lá se isso acontecer.

Pois, não creio mais na sua capacidade de realmente me conquistar.

Quanto a você...saberei cuidar das feridas que minha ausência te causa.





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