Sua Neta, por toda sua família:
Cristiana de Barcellos Passinato
Mamãe,
Vovó,
Morena,
Flor,
Tia,
Irmã,
Lygia,
Anjo...
Não!
Você não fora, sim passara para os Céus,
Ao lado de Deus poderá nos avistar,
Sempre estando a nos guiar com seu discernimento.
Ouça as palavras dos seus,
Onde estiver,
Escute nosso grande grito,
Que ecoe nos céus.
Aquele céu...
Vislumbrado pelas crianças!
O mais puro e singelo,
Como você, nossa doçura.
Aquele céu...
Vislumbrado por você como Paraíso!
O mais bonito e claro,
Merecedor de sua candura.
Anjo em vida,
Anjo alado pela paz,
Sorrindo com discrição,
Grande motivo de nossa emoção.
Manto e esteio de muitos,
Segurara tanto os impulsos do seu grande amor.
Soubera, sim, você, como dividir a função de esposa, mulher e grande mãe: sua grande vocação.
Colocara as rédeas, sem freio para uma grande parceria,
Com seu grande amor usufruíra da caridade materna.
Professora que professara o amar: verbo intransitivo,
Com maestria e louvor repetira como avó,
Como tia e grande amiga sempre cativante,
Incessante, persistente, retamente presente.
(E como a retidão fora sua maior qualidade, apontamento para seguir seu caminho, sempre em frente e com perseverante esperança e fé.)
Irmãos, amigos, sobrinhos sabem que sem igual,
Sem diferenças soubera acariciar com carícias necessárias,
Nem sempre vistas em gestos claros, físicos,
Mas sempre em uma lúcida palavra, em tempo, ponto e momento certos,
Convenientes para o discernimento, era o certo dentre tantos errados,
Voz doce, altiva e com autoridade da experiência.
Não soubera nada pensar para si,
Somente a caridade para o outro,
Vaidade com pequenos detalhes,
Nada exagerado sempre na medida,
Contida naquele grande coração.
Coração que de grande não suportou,
A grande emoção,
A vida,
O mundo.
Esse mundo que já não é o mesmo,
Essa vida que não é mais tão tranqüila,
Essa lida já tão sozinha,
Essa luta que não era mais justa.
Lygia se foi,
Mas deixou a grande lição,
A mais válida:
A DO AMOR!
|
