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Cronicas-->Rubem Braga, em 1935 previu LULA PRESIDENTE -- 03/12/2002 - 19:51 (Semi Gidrão Filho) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Policarpo e a Crónica de Rubem Braga.

Era o tempo de póz-depressão de vinte e nove, mais exatamente, julho de 1935.
Ainda no Recife, sem a importància e o talento de tantos e tantos anos encantando o Brasil com seu texto mordas, criativo, afiado e sobre tudo, genial, Rubem Braga publica um texto apologético referindo ao mais popular sobrenome da nação brasileira: O luto da família Silva.
O Brasil amargava os desastres do pós-craque da Bolsa de Nova York, fortunas migravam de contas, interna e externamente, milionários patriarcas suicidaram diante do logro e da bancarrota.
Mudanças, mudanças, mudanças... Era o clamor das ruas, das esquinas, dos botequins e cabarés, dos jantares sociais e das homilias sacerdotais.
Sem nunca ter lido jornal, nem mesmo ter ido a escola, mas acompanhando o doidivanas do tio Albericio que se envolvera com os "camaradas" do sindicato da fabrica, Policarpo, então, com pouco mais de sete anos, no bolão do Clube Operário, gritava a brados soltos:
- Silva Presidente! Silva Presidente...!
Neste caso o que importa é a sintonia, o mestre dos textos, das Cronicas, das fotografias literárias do cotidiano e o ainda moleque Policarpo, no mesmo ano, vaticinarem o ano 2003.
Em julho de 1935, Rubem Braga encerra sua magistral crónica dizendo:
"Apesar disso, João da Silva, nós temos que enterrar você é mesmo na vala comum. Na vala comum da miséria. Na vala comum da gloria, João da Silva. Porque nossa família um dia há de subir na política...".
Policarpo, moleque, sobrinho do Albericio, aquele militante do sindicato que vivia jogando bolão na cancha do Operário, também em junho de 1935, bradava acompanhando o tio:
"- Silva Presidente...! Silva presidente...!" Mesmo que depois da manifestação política exigisse do parente o caçulinha prometido pelo participação no manifesto.
Duas previsões incontestáveis, Rubem Braga e Policarpo do Albericio:
Sessenta e oito anos depois, o Rubem não pode esperar, tinha compromisso com o Criador e foi encontra-Lo. Policarpo, aposentado, não se recorda nem do golpe de sessenta e quatro, que dirá do sabor do guaraná caçula, provavelmente a primeira corruptela política de uma vida de inconsequência social.
Mas o previsto cumpriu-se.
Luiz Inácio Lula da Silva, Silva como todos, Silva operário, Silva povo.
Senhor presidente, a responsabilidade é muita...
Silva Presidente é assim como promessa pra santo Deus...Agente fez, o senhor tem que pagar. Faça o melhor governo de toda a história desse país. Honre o sobrenome da terra, o sobrenome dessa gente chamada Brasil.
Honre o sobrenome Silva.

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