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Artigos-->FUXICOS E MEXERICOS POLÍTICOS -- 17/04/2002 - 21:36 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
FUXICOS E MEXERICOS POLÍTICOS

(por Domingos Oliveira Medeiros)



Colunistas inventam, às vezes, coisas frescas mas que, convenhamos, atendem aos seus propósitos; mais precisamente aos propósitos do seu público alvo. Os próprios personagens de quem ele costuma elaborar seus fuxicos e mexericos. Na verdade, seus leitores mais assíduos, isto para não dizer os únicos. Aqui, acolá, sem querer, a gente acaba tomando pé das coisas, de tanto que elas são enxovalhadas, mexericadas e, pasmem, até amarfanhadas.



Mas, é bem verdade, onde há um mínimo de coerência, de seriedade no trato da coisa pública, principalmente, não cabe o mexerico, nem a crítica desdenhosa. É hora do elogio. Mesmo nos casos em que os “parabéns” é coisa rara. E tudo fica, de repente, parecendo que está de pernas pro ar.



Não posso, e nem devo, até por questão de princípios, ficar calado diante de alguns fatos e outros fuxicos que andam acontecendo neste país do Big Brother. E valho-me, para tanto, da estratégia de alguns colunistas sociais, entre eles um que já nos deixou há tempos, o Ibraim Sued, com suas famosas bolas brancas e pretas. E faço, aqui, aproveitando as bolas do Ibraim, no bom sentido, uma correlação com o jogo de sinuca, : bola branca, a bola de jogo, sem nenhum valor. E a bola sete, a mais valiosa e a mais cobiçada. A branca, simbolizando o que deixou de ser feito, ou que teria sido feito incorretamente; e a preta, evidentemente, fechando o jogo, e ganhando a partida.



Começo pela Câmara de Vereadores de São Paulo. Bola preta para o Vereador Carlos G., do PT, que mostrou coerência e firmeza de propósitos em não aceitar a redução do percentual de trinta para vinte e cinco por cento da verba destinada à educação; e, por isso, teria sido expulso do Partido. Detalhe: trinta por cento constou do programa de governo da então candidata Marta Suplicy. E outra bola, ainda de cor indefinida, (pois desconheço os detalhes do anteprojeto), tanbém para o citado vereador, que já se manifestou contrário à medida que propõe a abertura do mercado de trabalho de setor público para os estrangeiros, sem a correspondente contrapartida. Se for nestes termos, além de inconstitucional, a medida vai de encontro aos interesses dos brasileiros desempregados que, em São Paulo, engrossa, infelizmente, esta imensa fila que não pára de crescer.



Duas bolas, uma preta e outra branca, para a Assembléia Legislativa do Rio. A preta, porque aprovou, ontem à tarde, por 51 votos a dois, em primeiro turno, o projeto de emenda constitucional que extingue a pensão vitalícia para ex-governadores e ex-vice-governadores. E bola branca, porque o projeto chegou um pouco tarde, cheirando a demagogia, porque deixou de fora o ex-governador Garotinho(PSB) e o atual, Benedita da silva (PT), em face do direito adquirido ao citado benefício. Vamos ficar de olho para ver se eles vão fazer uso de tamanha imoralidade.



Bola preta para a política brasileira: agora é a própria casa dos artistas. É só acompanhar para ver o enterro da ética na política. PMDB, que já fora dividido em dois pedaços, ou seja, o PMDB remanescente e o PSDB, estão juntos nesta empreitada. Porém, com nova dissidência, que não está no PSDB, nem com o clone do PMDB, é outro PMDB.. Isto, naturalmente, a depender da decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a questão da coligação única. Só depois dessa decisão, então, tudo ficará resolvido ( ou não? ).Acho que tudo ficará mais confuso ainda. É ver para crer.



O PT, dependendo do Estado, também está dividido. No Rio Grande do sul, por exemplo. E há no partido, atualmente, várias vertentes que alguns chamam de “democracia de opiniões”. Em termos programáticos? Só se for.



O partido, principal representante das oposições, desta vez resolveu marchar separado, mas não sozinho. Abandonou o PDT de Brizola, que faz parte de uma coligação que não é nenhuma Brastemp, mas, convenhamos, é a menos ilógica. Pior só a do PT com o PL, o da igreja e do bispo. Aquele que é contra alguns princípios programáticos do PT, como o aborto, por exemplo, e a união civil entre pessoas do mesmo sexo.



O PFL abandonou o governo. O quê? Pura verdade!. Em tese, diria. Ou, por enquanto. Mas também está dividido. Em três pedaços. Um, manifesta simpatia pelo Ciro Gomes. Outros preferem reatar o divórcio com o PSDB. E uma terceira corrente, prefere ficar solteira, muito embora, na falta de um noivo, acabe seguindo com o Serra.



Garotinho, do PSB, não vê problema em relação ao Paulo Maluf, mas a Erundina não está gostando nada disso.



O governo, por sua vez, segue seu destino: aumentando impostos para empurrar com a barriga. E haja barriga! E haja imposto! E o IOF será mesmo maior. Para compensar. Em compensação, o povo não tem de onde compensar mais nada. Conclusão: troca-troca de más intenções. Aprova-se a correção da tabela do imposto de renda. Ufa! Em compensação.. e até que se restaure a CPMF, aumenta o IOF, que, por sua vez, aumenta os juros, que inibe a poupança, que atravanca o crescimento econômico, que aumenta o desemprego, que aumenta a violência, que, o resto, todos já sabemos. No final, somos todos apenas sobrinhos. Quem resolve mesmo é o Tio Sam. Segunda e última conclusão: Meu nome é ENÉAS1.......





DOMINGOS 17-04-2002











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