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Artigos-->Sobre tudo e sobre nada: Brasil -- 12/06/2017 - 12:59 (Francisco Miguel de Moura) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


O VALOR DE TUDO E O VALOR DE NADA: BRASIL



 



Francisco Miguel de Moura, escritor brasileiro, membro da Academia Piauiense de Letras.



 



Meus poucos leitores vão perguntar-se: - Nosso escritor deu o doido, escrever sobre o TUDO e o NADA é impossível. Nem Deus. E eles estão certos. Mas sou sempre provocador e a situação do Brasil atual é igual a de uma alma “apenada”, que não sabe onde, quando e como vai ficar. Se no Céu, no Purgatório ou no Inferno. No inferno estamos os brasileiros, por conta dos Deuses do Poder, que não são deuses nenhum. Mas têm se mostrado corruptos e corruptores.



Como será a alma de um corrupto? Leia o filósofo Olavo de Carvalho. Como será a alma de um corruptor? Leia o filoósofo Olavo de Carvalho, no final.



Almas de criminosos, dignos da condenação ao inferno. E como se poderia mandar tanta gente pra lá, se, quem sabe, há alguma recuperável?



O poeta Fernando Pessoa há algum tempo sentenciou: “Tudo vale a pena, se alma não é pequena”.



É verdade, se a alma do brasileiro não é pequena, jamais votará em partido tão degenerado. Aquele que no início trouxe (ou dizia trazer) uma nova forma de governar. E deu no que deu. E se a alma do povo brasileiro não é pequena, esse sofrimento por que passamos agora – a maior crise da história do Brasil que já vivi, e olhem que tenho 84 anos (vou completar em 16 de junho de 2017) – jamais acontecerá. E aí, depois de tudo, um Brasil novo pode começar.



Penso que a Reforma Política deveria ser a primeira, assim como a Reforma Tributária, ambas à capricho, de forma a que o cidadão, pagador de impostos e votante em eleições, não ponha defeitos.



Como temos, queiramos ou não, um presidente constitucional (o Vice Michel Temer), que substituiu legalmente a agora ex- Presidenta, abatida por um impeachment, com uma maioria mais ou menos estável nas duas casas do Congresso, poderia ele (ou quem o substituí-lo, nunca se sabe) pensar em, depois de aprovadas as reformas do Trabalho e da Previdência, em fazer a Reforma Política, sim. E os sábios membros do do Supremo Tribunal Federal, superintenderiam a iniciativa, porque tudo depende da Constituição e demais leis.



Tenho alguns pontos de vista que não preciso apresentar, pois o país está tão inseguro, tão embolado, que ninguém sabe “o que é gato, nem o que é sapato”. Uma Reforma Tributária daria uma alavancada à economia do País. Assim como a Reforma Política – liquidando com os partidos que mais fizeram mal à República Brasileira recentemente: PT, PMDB e PSDB, além dos filhotes do PT, que são muitos (sugestão) acabaria com o saco de “gatos” e “ratos” no país, onde afinal estamos também colocados, infelizmente.



Como se faria isto? O primeiro ponto é fácil, mas dentro da Reforma Política seria assentado que todos os membros do Supremo Tribunal Federal se aposentariam junto com o mandato de Temer e a assunção do novo Presidente eleito – claro que iria haver uma eleição geral comandada por quem estivesse no Poder Executivo – e esse mesmo Presidente e esse mesmo Congresso nomeariam, de acordo com os preceitos constitucionais, levando-se conta que a Constituição Cidadã continuaria de pé. Afinal, ela é que manda em quem está mandando. Parto desses pontos apresentados, mesmo pensando que já estou a andar no terreno incerto da futurologia. E como não sou nenhum futurólogo nem muito menos jurista, por aqui fico.



Volto ao poeta Fernando Pessoa, onde começamos: a) “tudo vale a pena”; b) “se a alma não é pequena”. Concordo com a premissa, porque não há meio de fugir-me dela. Se tudo que está aí vale a pena, vamos saber depois. Depois de quê? Quando soubermos que a alma não é pequena. A alma desses políticos pode ser até de muito valor, mas da safadeza, da gula, da avareza e quase todos os vícios que o Papa Francisco condena, disto que eles estão impregnados. Se ainda se recuperariam, não sei. Possivelmente a maior parte, não.



E, agora, mesmo que me pareça, tonto, espedaçado, neste artigo crônica, volto-me ao cidadão brasileiro, o trabalhador brasileiro, o artista brasileiro, o estudante brasileiro, o professor brasileiro, enfim a todos os homens e mulheres de todas as profissões e até aos que não tem nenhum emprego porque a crise os derrubaram na miséria, ou quase na miséria. Volto-me a nós todos, filhos desta terra generosa que é o Brasil, desta nação que sempre se disse que seria “o país do futuro”. Seremos ainda? A nossa alma também não estará machada pelo mau exemplo desses homens do alto, que têm nos comandado até agora? No passado há alguma exceção. Mas não vamos ao passado.



Acredito ainda que a nossa alma não é pequena: há grandes exemplos de pessoas generosas, amorosas, daqueles que dão a vida pelo próprio filho, pela mulher, por um irmão ou parente, seja numa doença, seja numa refrega de rua entre grupos de



desordeiros e terroristas. A corrupção não é uma doença, é apenas um escorregão da consciência de algum cidadão que pensa que ser rico, ser poderoso é ser importante. “Importante todos nós, quando nascemos, já somos”, creio que li no filósofo Augusto Cury. O que precisamos é ter uma alma de caráter, ser íntegro no exterior e no interior de nós mesmos. Vários países, um dos mais lembrados é a Itália, sofreram por parte de uma classe política de homens mal formados, sem caráter, com muitas armas na mão e pensando que “o tudo era aquilo”. Repito, me explicando: O tudo só é tudo quando a alma comanda todas as funções do copo dos cidadãos, e dentro da sociedade há leis e éticas para serem cumpridas. E não só: Há o castigo, a punição. Acredito que o mundo, embora com tanta guerra, tanto rebulício, tando tiroteio, tanto terrorismo, tantas armas de todos os tipos, inclusive as atômicas e superatômicas, acredito que o mundo não vai se acabar agora. Nem o Brasil. Alguns ou muitos não escaparão. Mas a história sempre foi assim.



Finalizando, vale citar o nosso grande filósofo Olavo de Carvalho, um parágrafo tirado do seu famoso livro “O mínimo que se precisa saber para não ser um idiota”, Editora Record, Rio/São Paulo, 2016, pg.286:



“O primeiro passo para a institucionalização do gangsterismo estatal neste país foi a destruição da moral tradicional e sua substituição pelo aglomerado turvo de slogans e casuísmos politicamente corretos que, por vazios e amoldáveis às conveniências táticas do momento, só servem mesmo é para concentrar o poder nas mãos dos mais cínicos e despudorados.”

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