Olhe a rosa, e sua dança
quieta e mansa, como um pranto
lá num canto do jardim
teu jardim – e meu recanto.
Olhe a brisa, e sua carícia
delícia tênue, vem e passa
E passa longe, lá e ontem
triste e lenta, em despedida.
Mas olhe agora, e olhe bem,
quem te olha, olhar ferido...
Febre tímida, dividida
pétala perdida de sua rosa.
Olhe para mim, e olhe também
a dor lá fora, amor partido.
Sou essa nuvem, em teu jardim:
Sou essa chuva, que te chora.
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