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cronicas-->Paradigmas -- 02/12/2002 - 12:54 (Renato Rossi) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Uma das expressões mais em voga no mundo corporativo, ainda é a famosa quebra de paradigmas. Apenas para o leitor mais jovem (deve haver pelo menos uns dois ou três, um que seja), esclareço que a quebra de paradigmas consiste na mudança de hábitos, sobretudo os muito arraigados, na eliminação de tabus, melhor dizer substituição.

Quando todos os argumentos falham, sempre é possível invocar a necessidade da quebra de paradigmas e, é claro, não sem o emprego de um "até porque", ou sua variação mais nobre o "mesmo porque". Aí o interlocutor não tem como escapar. Querendo parecer moderno, rapidamente concordará com a necessidade de se buscar novos padrões de comportamento, novas idéias, romper com o passado, buscar o novo. Mesmo que o paradigma a ser quebrado tenha algo entre meia hora e uma hora e meia. Não importa. O que interessa é o ambiente de mudança permanente, a eterna busca do moderno que anima o homem desde tempos imemoriais.

Uma boa luta corporativa não pode prescindir da quebra de paradigmas.

O mocinho, moderno e bem equipado, mostra sua força com ar despojado, atitudes pró-ativas, independência de pensamento e plena abertura para o novo. Com tal arsenal, não há paradigma que resista. O bandido, velho, bandido sempre é velho, fica lá com seus paradigmas obsoletos, duros, resistentes. O maior ardil de um paradigma é passar-se por sabedoria. Escondido assim atrás da idade, mostra-se quase que imbatível. Se desmascarado, rosna, bufa, mostra seus caninos afiados, desdenhando o desafio.

O embate é inevitável. A velha luta do bem contra o mal.

Paradigmas são resistentes, não se quebram com facilidade. Ao contrário dos sigilos que fazem grande estardalhaço ao serem quebrados, os paradigmas são rompidos à surdina, com calma, aos poucos. Ele mesmo, na esperança de resistir, não acusa o golpe, sofre em silêncio, sem um ai, sem um pio, como se diz.

Uma sugestão aqui, um exemplo ali. Ah o exemplo, nada como um bom exemplo para ir quebrando um paradigma. Ora mostra um aspecto, depois outro, e lá se vai o paradigma sendo corroído.

Paradigmas resistem o quanto podem, mas não deixam saudades. Vão e não voltam. Contudo, vale lembrar que se ilude aquele que acha que os paradigmas se acabam. Vai-se um, chega logo outro para ocupar o espaço. Aliás, um paradigma só vai embora realmente quando é pressionado por outro que queira tomar seu lugar. É a vida.

Há trocas produtivas. Outras nem tanto.

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