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Artigos-->O futuro do planeta -- 17/04/2002 - 09:30 (Haroldo Pereira Barboza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O futuro do planeta



Poucos grupos estão realmente preocupados com a preservação do planeta para os próximos 500/800 anos. Entre eles vislumbro os seguintes:

a) Os adeptos da reencarnação. Com certeza pretendem encontrar um mundo menos ruim se tiverem (se forem designados) de retornar.

b) Os amantes da natureza. Todos aqueles que possuem a felicidade de encontrar alegria na sinfonia dos pássaros, dos ventos, dos rios e dos mares. Que também se deleitam com as belas cores e aromas envolventes das flores. Que sabem dividir com o próximo.

c) Pessoas de boa índole que não tem o hábito de destruir o patrimônio alheio pela inveja resultante da incapacidade em progredir como ser humano.

Contra estes grupos existem turmas menores, porem mais fortes em finanças, que quando estão de bom humor, ainda podem planejar uma preservação de no máximo uns 50 anos, para que seus herdeiros diretos continuem com a devastação gananciosa. Eis algumas:

a) Devastadores de florestas por corte ou incêndio. Pouco se importam com a morte de aves, plantas e animais que se intrometem em seus caminhos.

b) Escavadores de minas e montanhas. Qualquer material que brilhe ou que seja insumo para grandes clientes, é explorado sem critério. A recuperação da região afetada, que fique por conta da natureza.

c) Indústrias poluidoras. Poucas se preocupam em tratar os dejetos que lançam nos rios próximos. Devem acreditar que seus lixos até dão um novo tempero ao pescado.

Entre estes dois grupos, existe a grande massa da população carente, que mal tem raciocínio para obter suas necessidades básicas para sobreviver nos próximos dias. Como poderão pensar em planos para décadas futuras vivendo num cenário degradante de baixa qualidade de vida?

Tal situação nos leva a imaginar que as grandes nações, conhecedoras e gerenciadoras de todos os recursos existentes no planeta, certamente já estão com duas estratégias delineadas para quando a população estiver acima da capacidade de consumo:

a) Se dentro de uns 100/200 anos for encontrado um planeta similar ao nosso, caso ele seja bom, a turma da elite se mudará para lá e manterá aqui os miseráveis, aonde eventualmente virão buscar elementos para substituição nos trabalhos de construção, reparo e limpeza em suas novas habitações, assim como prestadores de serviços pessoais (massagistas, manicures). Se o tal novo planeta for ruim (um clima desagradável com água menos límpida), promoverão algum tipo de transferência dos pobres para lá e manterão aqui o mínimo de empregados necessários.

b) Se o tal planeta não for encontrado em tempo hábil, promoverão algum tipo de devastação humana em massa em regiões de alta riqueza natural onde 99% dos habitantes não possuam renda individual que os coloque na classe média alta. Esta devastação certamente não será com armas de fogo, pois a intenção dos promotores é se apossar do terreno intacto. Provavelmente criarão condições para que uma praga letal se espalhe em uma semana entre os condenados. Ou mesmo servirão leite em pó (contaminado é claro) aos esfomeados que diariamente transitam por lixões e já não conseguem distinguir alimentos saudáveis ou já perecidos. Claro que depois, enviarão equipes de "salvamento" que nada poderão fazer pelos cadáveres, a não ser dar um destino aos corpos já estragados e erguer uma placa de consagração às vítimas do holocausto.



Haroldo P. Barboza – Matemático, Analista de computador e Poeta – Abril / 2002

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