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Artigos-->E O PRÍNCIPE DOS NOSSOS SONHOS QUANDO VIRÁ? -- 18/05/2017 - 10:18 (João Ferreira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


E O PRÍNCIPE DOS NOSSOS SONHOS QUANDO VIRÁ?



João Ferreira

18 de maio de 2017



Eu fico pensando na nossa corrompida e infeliz sociedade brasileira. Uma sociedade que se aflige só quando a sirene toca em dia de fogo ou em dia de desgraça. Uma sociedade que sofre inconsciente e que não encontra uma maneira de se reconstituir. Tem uma constituição. Tem grossos volumes de leis civis e penais. Bacharéis formados. Doutores. Grandes indústrias. Pessoas inteligentíssimas com medalhas internacionais. É recordista de produção agrícola no mundo. O maior produtor de café. O maior produtor de açúcar. Um dos maiores produtores de laranja, de milho e de soja. Tem um dos maiores rebanhos bovinos do mundo. Riquezas. E, simultaneamente, ao lado de tudo isto, uma sociedade burguesa, com teres e haveres, e outra em grande parte carente e miserável, com crianças brincando no lixo extremo que escorre por entre ruelas nos subúrbios das grandes cidades. Uma sociedade que exibe estatísticas estratosféricas de morticínios desumanos e injustos nas prisões, cracolândias várias em muitas cidades, guerrilha urbana no Rio de Janeiro como situação perversa, etc,etc. Tem vivo e mandante o crime organizado impondo as leis criminosas do tráfico de armas e de drogas no país, roubando cargas, assaltando bancos e dominando favelas e partes nobres de suas cidades. E, no meio disto tudo, governos corruptos e uma sociedade impotente. Dividida. Uma parte dela com grana, outra parte sem grana. No marasmo, crianças e jovens comprometidos em seu futuro. E tudo isto, porque, no fundo, no fundo, esta sociedade não tem um príncipe para governar, não tem políticos, não tem lei moral. Verdade verdadeiríssima. Mais verdadeira em cada dia que passa. A gente vê que de um governo para o outro, as coisas vão cada vez pior. E o povinho só pensa em invocar um Salvador, um Messias. Nunca pensa em saber votar, saber eleger. E sobretudo não pensa no que seria uma solução básica : o retorno aos valores morais, dados pela educação. Estamos num momento de frustração, onde todas as tentativas foram feitas. Já tivemos príncipes, reis, governos militares, governos constitucionais, governos democráticos, governos ditatoriais. Todos prometeram. Alguns fizeram alguma coisa. Outros, nada. Restaram frustrações. Muitas leis. Eleições. E, sempre, o povo indo na conversa, sem parar e analisar o que aconteceu ou está acontecendo. Parece agora que o momento é de perturbação. E ao mesmo tempo, de descrença. Ninguém sabe o que fazer nem como fazer. Os poderes da República estão podres, bichados. Tudo foi experimentado. Tudo foi prometido. E o povinho, enganado. Seria uma boa ocasião para um ser divino com formas humanas subir a uma tribuna no alto das nuvens e pregar um "sermão de moralidade" que dissesse mais ou menos o seguinte: meus caros irmãos e compatriotas. É bom sabermos todos que num momento destes, de frustração coletiva, a solução não vai vir de nenhum tratado de política tradicional. Estamos fartos de experimentar. Também não vem das nuvens. A história nacional e mundial nos dá exemplos péssimos do que é o governo dos corruptos, dos mentirosos, dos loucos, dos neuróticos e dos vaidosos. O que vou dizer é para governantes e sociedades. Os dois fazem um conjunto indissociável. No momento, em nível de alerta máximo, precisamos de gente, de gente com letra grande. Ou seja, de brasileiros que ocupem o país e zelem, todos, e inteiramente as suas instituições. Que não deixem entrar nelas o bicho destruidor. Precisamos de brasileiros que de cabeça limpa tenham o propósito de ir buscar o remédio social nos fundamentos do ser humano, da pessoa humana. Sim, é isso. E só isso. Buscar o remédio nos fundamentos do ser humano para reformular o comportamento moral da sociedade humana. Tudo terá que voltar ao início. Temos que voltar a rever tudo. Primeiro que o ser humano é um ser com inteligência e emoções. Com paixões. Com astúcia. Com ambições. Com sentido de traição. Com sentido de compreensão e de ódio. Com sentido de mentira. De vaidade. De orgulho. Que o ser humano em análise dá um tratado de vícios e virtudes. E que no meio de tudo, temos de voltar ao início, aplicando os princípios da formação, da educação. Como dizia nossa professora, no meio das crianças: meninos e meninas, atenção. Vamos começar a aula. O que é um ser humano? É uma boa pergunta, uma boa meditação para vocês, num dia como o de hoje, no meio desta catástrofe política em que vivemos. Embalados no discurso da professora ou de uma sábia figura, temos, sim, de começar, de recomeçar. Nos lugares certos: nas famílias, nas escolas, na sociedade, na rua, nas repartições, nos conchavos, no café. Primeira questão: em que tipo de sociedade nos encontramos? Fazemos parte de uma sociedade de seres humanos ou de bichos? Vamos debater o que é um ser humano. Vamos falar de identidade e diferença entre pessoas. Da tolerância. Da convivência. Do valor da vida humana. Discutir e ensinar isso ás crianças. E daí em diante construir uma nova sociedade com ideias renovadas, de onde saiam cidadãos e governantes. Cidadãos que não durmam na forma. Que saibam eleger. Que evitem drogas que os anestesiem e impeçam de pensar. Que digam não ao tráfico de armas. Que digam não à falta de caráter, ao roubo, à corrupção, à mentira. Que assumam a escolha num dia da eleição. Que não elejam nem loucos, nem ladrões, nem mentirosos, nem cidadãos cuja forma de governar se baseie nos maquiavélicos princípios de que "os fins justificam os meios". Que saibam que os governantes têm que ser pessoas comuns. Mas pessoas que tenham tido uma educação moral . Que tenham sido formadas no caráter, na honestidade, na palavra honrada, na sensibilidade social, no respeito às leis sociais. Pessoas que depois de eleitas governem para os interesses comuns do povo e não para eles. Que usem a sabedoria de Salomão. Que governem com humildade, sem corrupção, sem mentira. Ainda estamos anestesiados pelas últimas notícias e não sabemos como é viver ameaçados por uma crise prolongada. Mas sabemos que estamos no vermelho. Na ameaça profunda. E sabemos também que não é no palavrório que vamos resolver nossa situação-limite. Será fundamental que nos preocupemos com a personalidade de nosso próximo Príncipe. Quando nascerá ele? Não sabemos. Só sabemos que temos de deixar de ser passivos. Zelar e saber o que está acontecendo, fazer valer a vontade coletiva contra os corruptos, mentirosos e indignos representantes do povo, é o primeiro alerta de nossa consciência cidadã. Podemos consultar os santos, o pai ou a mãe de santo. No fundo do poço ou em nuvem de esperança há só um código que se impõe: "A salvação só poderá vir dos valores morais que implantarmos e fizermos valer em nossa sociedade". O Príncipe para nos governar tem de nascer deste solo moral. Basta de pelintras, corruptos e mentirosos. Temos que ser mandados e controlados apenas pela constituição da moralidade pública e privada, e temos que envolver nisto, desde já, as crianças e os jovens, de onde provirá nosso futuro Príncipe ou Princesa. Todo o resto é conversa. Sintoma do atraso. João Ferreira

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